O ex-prefeito de Teresina, Elmano Férrer (PTB), fez um desabafo durante entrevista concedida a Amadeu Campos, Eli Lopes e Elivaldo Barbosa no Jornal do Piauí desta terça-feira (23). Ele revela que a campanha política disputada em 2012 foi “brutal”
“Estou em Teresina há 47 anos e nunca vi uma campanha tão brutal, com coisas tão absurdas. Mas com o passar da disputa estou muito feliz pelo reconhecimento que a população teve comigo. Foi tão gratificante que me fez esquecer todo o mal”, disse.
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O ex-gestor público revelou ainda que nos quatro meses afastados do Palácio da Cidade retomou a vida “normal”. Agora, ele defende que tem mais tempo para a família e os amigos, mas que sente falta da “missão” e do último local de trabalho.
“Eu tenho saudades do trabalho. Trabalho há mais de 50 anos como servidor público, tenho vocação de trabalho para o serviço público. É um sacerdócio. Tem que ter abnegação”, avalia Elmano Férrer.
Sobre denúncia de dívidas
A atual gestão, encabeçada por Firmino Filho, acusa o ex-prefeito de ter deixado a prefeitura com “rombo” nas contas de R$ 200 milhões. Elmano reagiu as declarações e disse que não vai avaliar o trabalho do tucano. Essa missão será do povo.
“Essa discussão não leva a nada. São muitas inverdades. Encaminhamos em tempo hábil para o Tribunal de Contas do Estado o balanço e a prestação de contas de 2012. São 247 páginas de prestação de contas com anexos de todos os credores. Não existem rombo”, disse.
Recursos
Elmano também apresentou documento revelando que a prefeitura de Teresina deve ter recebido a título de repasses constitucionais recursos da ordem de R$ 336 milhões nos quatro primeiros meses de gestão. Ele também afirmou estar sendo alvo de um “processo” de desmoralização.
“É um processo para desqualificar o prefeito Elmano Férrer, macular a minha imagem. Lamento, porque temos grandes desafios para a cidade. Colocaram equipamento de escuta na prefeitura. Isso foi uma coisa primária”, opina o ex-prefeito.
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