s promotores Ubiraci Rocha e Eliardo Cabral, que trabalham nas investigações do caso Fernanda Lages, afirmaram que pretendem denunciar pelo menos três pessoas ao fim das investigações e que o deputado federal Marcelo Castro teria tentado interferir nas investigações.
Em entrevista a um programa de televisão local, o promotor Eliardo Cabral confirmou que o deputado Marcelo Castro teria mandado recados através da imprensa com a intenção de intimidar os promotores e tentando criar obstáculos para atrapalhar a investigação. “É público e notório as façanhas do deputado. Como se promotor de justiça tivesse medo de coronelismo”, disse Eliardo Cabral.
Os promotores afirmaram que os depoimentos da mãe Bizé Castro e de Valéria Macedo namorada do engenheiro Jivago Castro, foram satisfatórios e esclareceram pontos que a polícia civil teria deixado dúvidas. As duas afirmam que o engenheiro estava em casa no dia do crime da estudante.
Os promotores reafirmaram que não estão realizando uma investigação paralela a da polícia civil. “Não estamos fazendo uma investigação paralela, só não queremos ficar como espectadores. O que estamos fazendo é para contribuir com a investigação da polícia civil”, afirmou o promotor Eliardo Cabral.
Promotores devem denunciar pelo menos 3 pessoas
Os promotores afirmaram que ao fim das investigações, devem denunciar pelo menos três pessoas. Segundo Eliardo Cabral, o Ministério Público acredita que um homem sozinho não teria conseguido levar Fernanda Lages até a cobertura do prédio do Ministério Público Federal. “O trabalho resultará na denúncia de pelo menos três pessoas. A 3ª pessoa estaria por perto, na cena do crime ou dormindo em algum lugar de Teresina”, disse o promotor Eliardo Cabral.
Ubiraci Rocha informou que peritos de Brasília já estão analisando os laudos da perícia e critica o trabalho da polícia civil. “O laudo deu inconclusivo, ele mais atrapalha do que esclarece. O perito que veio de Brasília, está trabalhando no material que coletou e quero esclarecer que a polícia civil não enviou todo o material do caso e isso é muito grave. Nossa investigação não tem prazo de encerramento”, finalizou o promotor Ubiraci Rocha.