A mãe do jogador Daniel Corrêa Freitas, encontrado morto numa área rural do Paraná no último sábado, afirmou que seu filho desapareceu após deixar uma casa noturna na Região Metropolitana de Curitiba no último final de semana. Eliana Corrêa disse ao EXTRA que Daniel, ex-atleta do Coritiba, tinha ido para a capital paranaense comemorar o aniversário de um amigo, mas depois da festa não foi mais visto. O crime foi cometido com requintes de crueldade, e a Polícia Civil evita dar detalhes do caso para não atrapalhar as investigações.
— Ele foi brutalmente assassinado. A gente não sabe se foi assalto, se teve briga, se foi por causa de alguma mulher. As versões são muito controversas. A polícia está investigando. Eles estão tratando o caso de forma sigilosa, não nos passam informações — afirmou Eliana na tarde desta terça-feira. — Mas agora não vai fazer diferença saber o que aconteceu, nada vai trazer ele de volta.
De acordo com o superintendente da Polícia Civil, Edmilson Pereira, o corpo de Daniel "foi encontrado nu" na Estrada do Mergulhão, em São José dos Pinhais, "com o pescoço praticamente degolado e o órgão genital mutilado". Os investigadores constataram que foi usada uma arma branca no crime. Parentes do jogador de 24 anos o reconheceram, e os primeiros depoimentos foram colhidos nesta segunda-feira.
— Começamos a investigar, mas precisamos ouvir mais pessoas, para ver o que ele vinha fazer na cidade. Sabemos que já jogou no Coritiba, então tinha amigos aqui — disse Pereira.
Eliana também comentou sobre as amizades que o filho mantinha no Paraná. Segundo ela, como ele estava de folga, aproveitou para comemorar o aniversário de um amigo, mas ao deixar a casa de festa, "nem chegou ao hotel" e não foi mais visto.
— Que os culpados sejam punidos — afirmou a mãe do jogador, bastante emocionada.
A assessoria de imprensa na Polícia Civil informou, em nota, que um inquérito policial foi instaurado na delegacia local para apurar os fatos e que "as investigações estão bem avançadas".
Daniel passou por grandes clubes do futebol brasileiro, como o Coritiba, Botafogo e Ponte Preta. O meia tinha contrato até dezembro com o São Paulo, que havia emprestado o jogador ao São Bento.
Segundo a mãe da vítima, Daniel começou a jogar futsal aos 5 anos e, desde o início, se destacava. Eliana contou ainda que o filho era uma pessoa tranquila, calma e que tratava todo mundo bem. O velório está marcado para a manhã desta quarta-feira, no centro poliesportivo do clube Carijós, onde Daniel treinou quando criança, em Conselheiro Lafaiete (MG).