Autoridades americanas confirmaram que o suspeito dos ataques à Maratona de Boston, Dzohkhar Tsarnaev, foi formalmente indiciado nesta segunda-feira (22), mesmo estando internado no hospital Beth Israel Deaconess, em Boston.
Ele foi indiciado por "uso e complô de utilização de uma arma de destruição em massa contra pessoas e bens dos Estados Unidos", além de "destruição voluntária de bens com artefato explosivo", segundo um comunicado do departamento de Justiça.
"Foi apresentada uma denúncia", disse o oficial Gary Wente, acrescentando que um juiz estava presente quando Tsarnaev foi acusado em sua cama no hospital. O indiciamento foi considerado a primeira aparição em uma corte do jovem, apesar de ele ainda estar no hospital.
A acusação permite que Tsarnaev seja condenado à pena de morte ou prisão perpétua. Entretanto, a promotoria ainda não decidiu se pedirá a pena de morte.
Segundo o jornal "The Boston Globe", a Defensoria Pública Federal desiginou um defensor para o caso, mas não se pronunciou sobre o indiciamento.
A primeira audiência do caso foi fixada para 30 de maio, segundo a promotoria. Ainda não se sabe se o suspeito estará presente.
O estudante universitário de origem chechena não será tratado como um inimigo de Estado no processo legal, informou o porta-voz da Casa Branca Jay Carney. "Ele não vai ser tratado como um combatente inimigo", Carney disse a repórteres em uma entrevista para a imprensa. "Vamos processar através do nosso sistema de justiça civil. Sob a lei dos EUA, cidadãos dos Estados Unidos não podem ser julgados em instâncias militares".
Os ataques a bomba na Maratona de Boston ocorreram na reta final da prova, no dia 15, e deixaram três mortos e cerca de 180 feridos. O irmão de Dzohkhar, Tamerlan, também era suspeito do atentado e foi morto pela polícia em um confronto na última sexta.
Ainda segundo o jornal "The Boston Globe", o agente do FBI Daniel Genck disse em uma declaração juramentada que Dzohkhar tinha mais lesões visíveis no corpo quando foi capturado do que o anunciado, incluíndo aparentes lesões a tiro na cabeça, pescoço, pernas e mãos.
Minuto de silêncio
Uma semana depois do ataque, a cidade de Boston fará um minuto de silêncio para relembrar as vítimas. O cenário das explosões ainda não recuperou a total normalidade, com algumas ruas ainda fechadas para maiores investigações.
"Este momento de silêncio servirá para refletir sobre o que aconteceu esta semana e recordar dos que perderam a vida ou a viram alterada para sempre", declarou o prefeito de Boston, Thomas Menino, em um comunicado.
O minuto de silêncio começará às 14h50 (15h50 de Brasília), na hora em que explodiu a primeira bomba. Os sinos de todas as igrejas do estado de Massachusetts tocarão logo em seguida.
O Massachusetts Institute of Technology (MIT), informou que fará nesta quinta-feira uma cerimônia em homenagem ao policial morto Sean Collier