Um vídeo gravado por um drone nesta quarta-feira(5) em Beirute, no Líbano, mostra o resultado da megaexplosão que devastou o porto da cidade na terça-feira.
Detritos em chamas e prédios arrasados foram gravados pelo drone, que passou pela costa da cidade.
A explosão foi causada por 2.750 toneladas de amônio de nitrato, um material que foi armazenado sem as medidas de precaução necessárias dentro do porto, segundo o primeiro-ministro Hassan Diab.
A expectativa é que os primeiros resultados de uma investigação sejam divulgados nos próximos cinco dias.
Mais de cem mortos
Uma grande explosão em um armazém na região do porto de Beirute, capital do Líbano, deixou mais de 100 mortos e cerca de 4 mil feridos, segundo o governo local. Até a última atualização desta reportagem, ainda era desconhecida a causa do incidente, que ocorreu em um depósito de nitrato de amônio – não se sabe, por exemplo, se ocorreu um acidente ou um atentato terrorista.
A suspeita é que a explosão tenha atingido um galpão que guardava grandes quantidades de nitrato de amônio, composto geralmente usado como fertilizante. Cerca de 2.750 toneladas desse material estavam estocadas havia seis anos, de acordo com o primeiro-ministro Hassan Diab.
O governo libanês contabiliza ao menos 100 mortos após a explosão. Em entrevista a uma rede de TV, o ministro da Saúde do Líbano, Hamad Hasan, disse que há cerca de 4 mil feridos.
Há operações de resgate nesta quarta-feira (5). Ainda há dúzias de pessoas desaparecidas. Moram mais de 750 mil pessoas na região que foi afetada pela explosão.
O presidente do país, Michel Aoun, defendeu que a capital deve declarar estado de emergência para as próximas duas semanas e disse ser "inaceitável" que 2.750 toneladas de nitrato de amônio fossem armazenadas por seis anos em um depósito sem a segurança necessária.
O primeiro-ministro libanês, Hassan Diab, disse em pronunciamento que o país enfrenta uma catástrofe e declarou luto oficial de um dia. "Eu prometo que esta catástrofe não passará sem que os culpados sejam responsabilizados. Os responsáveis pagarão o preço", afirmou Hassan Diab.
Mais cedo, a Cruz Vermelha já havia citado mais de 2 mil feridos. Parte foi levada a hospitais, mas, até a última atualização desta reportagem, havia muita gente presa em escombros dentro de suas casas. Pessoas em barcos também foram jogadas ao mar.
Um fotógrafo da agência Associated Press perto do porto de Beirute viu feridos no chão e uma destruição generalizada no local.
A rede libanesa de transmissão LBCI informou que no hospital Hotel Dieu havia mais de 500 pessoas sendo atendidas. Foi feito um pedido de doações de sangue.