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Doze meninos e o técnico de fu

Doze meninos e o técnico de futebol são retirados de caverna após três dias de resgate na Tailândia.

Publicada em 10 de Julho de 2018 �s 11h21


Todas as 13 pessoas que estavam na caverna Tham Luang, no norte da Tailândia, foram retiradas com apoio de dezenas de mergulhadores. Os últimos quatro meninos e o técnico do time de futebol saíram do local nesta terça-feira (10), o terceiro dia de resgate e o mais desafiador, porque chovia e havia mais pessoas a serem resgatadas.

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“Não temos certeza se isso é um milagre, uma ciência ou o que é. Todos os 13 Javalis [nome do time de futebol] agora estão fora da caverna”, comemorou a Marinha tailandesa em post no Facebook.

Entenda o caso
- 12 meninos, entre 11 e 16 anos, e o técnico entraram na caverna no dia 23 de junho, para se proteger do mau tempo. A chuva ficou intensa e a água subiu muito rápido. Eles ficaram isolados e sem comida por 9 dias. Foram encontrados no dia 2 de julho, debilitados e com muita fome, a 4 km da entrada da caverna.

- Resgate durou 3 dias: começou no domingo (8) e terminou na terça (10). Cada menino foi conduzido por 2 mergulhadores e usou máscara facial de oxigênio.

- 4 garotos foram retirados por dia e, no último dia de resgate, o técnico também foi tirado da caverna.

- O percurso do ponto onde estavam até a entrada da caverna dura 6 horas. Eles estavam em um trecho que tem entre 800 m e 1 km de profundidade. Vários trechos são muito estreitos, com água turva e baixa visibilidade.

- 90 mergulhadores participaram do resgate: 50 estrangeiros e 40 tailandeses. Ao todo, mais de 1 mil pessoas fizeram parte dos trabalhos.

- Resgatados foram levados de helicóptero para hospital, onde vão ficar em quarentena e observação.



Voluntários comemoram retirada de meninos e do técnico na caverna Tham Luang, no norte da Tailândia, nesta terça-feira (10) (Foto: Reuters)

A dramática situação dos meninos presos na caverna comoveu o mundo. Doze garotos entre 11 e 16 anos e seu técnico de futebol entraram no local há 17 dias e só puderam sair depois de uma operação de resgate que envolveu 1 mil profissionais vindos de várias partes do mundo.

A missão era muito difícil: os estreitos, lamacentos e inundados caminhos eram um desafio até mesmo para mergulhadores experientes, que levavam cerca de seis horas para percorrer 4 km até onde estava o grupo. Um deles morreu após levar suprimentos aos meninos, que estavam presos uma encosta cercada de água.

As equipes de resgate chegaram a considerar tirá-los pela superfície da montanha, mas a profundidade era grande demais – entre 800 m e 1 km. E ainda havia risco de desmoronamento caso o solo fosse perfurado. Drenar boa parte da água também era uma opção, mas os esforços tinham pouco resultado – milhões de litros de água eram bombeados para fora da caverna, mas a chuva impedia o avanço do trabalho.

O governo tailandês também considerou esperar meses até que nível da água baixasse, já que a saída pela água seria muito arriscada – alguns dos meninos não sabiam nadar e nenhum deles sabia técnicas de mergulho.

Mas, durante o fim de semana, a chuva deu uma trégua e a operação de resgate foi colocada em prática. A queda no nível de oxigênio na cavidade subterrânea e a elevação do dióxido de carbono também pressionaram as equipes a abreviar o resgate.

O entorno da caverna começou a ser esvaziado ainda no fim da noite de sábado (7). Os mais de 1 mil jornalistas que acompanham o resgate tiveram que se afastar da região. Nesta terça, um jornalista estrangeiro foi detido pela polícia por colocar um drone para sobrevoar a entrada da caverna.

Tudo foi feito para preservar os meninos e seu treinador. Conforme as vítimas eram salvas, os nomes não eram divulgados nem para a família delas. Questões culturais, relacionadas ao respeito, explicam essa decisão.

Algum tempo depois que os últimos meninos e o treinador deixaram a caverna, o médico que estava lá dentro com eles também saiu.

Além da Marinha, líderes internacionais, como o presidente Donald Trump e a premiê Theresa May, comemoraram o sucesso da ação.

Atendimento aos meninos
Ao sair da caverna, os resgatados foram atendidos em um hospital improvisado. Em seguida, foram transferidos de ambulância para um helicóptero e foram levados ao hospital da província de Chiang Rai, que fica a cerca de 70 km.

Nesta terça, houve certa demora em transferir os meninos para o helicóptero, mas três ambulâncias foram vistas deixando o local, de acordo com a BBC.

O primeiro-ministro tailandês, Prayut Chan-o-chau, afirmou que os meninos receberam ansiolíticos (calmantes) antes de serem levados à superfície, segundo o “The Guardian”. Nos últimos dias, resgatados foram vistos chegar à superfície em macas.

As oito primeiras crianças salvas permanecem internadas, mas passam bem. Elas estão em quarentena para evitar alguma infecção, já que a saúde do grupo ficou fragilizada por causa do longo período de jejum forçado.




Tags: Doze meninos - Todas as 13 pessoas

Fonte: globo �|� Publicado por: Da Redação
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