Um grupo formado por empresários e trabalhadores do setor de bares e restaurantes de Teresina bloqueou, por alguns minutos, o trânsito da Avenida João XXIII, na Zona Leste da capital. O bloqueio foi um protesto contra as medidas restritivas impostas pelo decreto estadual divulgado na segunda-feira (22) e que começa a valer nesta quarta (24).
Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o protesto começou por volta das 9h e terminou às 10h30. Os motoristas ocuparam as faixas da avenida com cerca de 30 carros e motos e dirigiram em marcha lenta, causando trânsito lento na região.
A via foi bloqueada primeiro no sentido Leste-Centro, e depois no sentido oposto. O Governo do Estado anunciou na segunda que restringe atividades consideradas não-essenciais.
Entre as medidas, o governo determinou que os restaurantes e outros estabelecimentos do setor só poderão funcionar por delivery. O decreto deve começar a vigorar na quarta e as medidas seguem até 7 de março.
“Não está tendo um planejamento por parte do governo. Estão só jogando, dizendo que é para fechar e deixando a gente 'a Deus-dará’. Não é justo porque sofremos muito na pandemia. Funcionários foram demitidos e estão pagando até hoje”, comentou Jefferson Araújo, gerente de um restaurante.
Segundo Jefferson, o novo decreto é um “banho de água fria” no setor, que ainda busca se recuperar do impacto causado pela pandemia do coronavírus.
“A economia começou a ter uma reaquecida agora, e fechar tudo de novo a gente não vai aceitar”, disse Jefferson.
Protestos contra novo decreto
Pais de estudantes realizaram uma carreata na segunda, em Teresina, após o governador do Piauí, Wellington Dias (PT), ter anunciado novas medidas restritivas, como a proibição das aulas presenciais.
O Governo do Piauí anunciou um novo decreto que restringe atividades econômicas consideradas não-essenciais, suspende as aulas presenciais em escolas públicas e particulares, além de outras medidas.
Segundo o secretário de governo Osmar Júnior, o comércio em geral terá atividades de atendimento presencial suspensas, e poderão funcionar apenas por delivery. Apenas atividades essenciais, como supermercados, padarias e farmácias, poderão funcionar.