O dólar operava em quda em relação ao real nesta sexta-feira (2), após os EUA divulgarem que o desemprego caiu em abril para o menor nível em 5 anos e meio e com os investidores avaliando que a política monetária dos Estados Unidos não deve ser alterada agora, o que reforçava as expectativas de ingresso de recursos externos no Brasil, destaca a Reuters. A criação de postos de trabalho nos EUA cresceu no ritmo mais rápido em mais de dois anos em abril, enquanto a taxa de desemprego atingiu a mínima em cinco anos e meio, a 6,3%. Mas a taxa de participação na força de trabalho recuou ao menor nível desde dezembro. Segundo analistas, os dados dão suporte para que o Federal Reserve, banco central norte-americano, continue retirando gradualmente suas medidas de estímulo econômico, enxugando a oferta global de liquidez. Também não muda a expectativa de que a autoridade monetária não vai voltar a subir os juros mais cedo. Entre o início do ano e 25 de abril, a economia brasileira registrou entrada líquida de US$ 3,374 bilhões. Parte desses recursos é atraída pelos ganhos financeiros com o elevado diferencial entre os juros domésticos e internacionais. Com a expectativa de poucas mudanças na política monetária dos EUA, que foi reforçada neste pregão após os dados sobre o mercado de trabalho do país, esse cenário segue forte. Também pesava no Brasil a constante intervenção do Banco Central. Pela manhã, deu continuidade às intervenções diárias vendendo a oferta total de até 4 mil swaps cambiais, que equivalem a venda futura de dólares, com volume correspondente a US$ 198,4 milhões. Foram 200 contratos para 1º de dezembro deste ano e 3,8 mil para 2 de março de 2015. Na quarta-feira, a moeda caiu 0,14%, para R$ 2,23. Em abril, o dólar teve o terceiro mês seguido de queda acumulada, em 1,74%.