O dólar fechou em queda em relação ao real pelo segundo dia nesta quarta-feira (9), em meio ao bom humor nos mercados externos diante de nova alta da bolsa chinesa e movimentos de ajustes após as recentes e fortes valorizações, mas operadores evitavam fazer grandes apostas devido a preocupações com a situação política e econômica do Brasil.
A moeda norte-americana caiu 0,51%, a R$ 3,7994 na venda, após cair 1,07% na véspera. Veja cotação.
Veja cotação da moeda ao longo do dia:
Às 9h19, recuava 0,58%, a R$ 3,7965.
Às 10h20, recuava 0,68%, a R$ 3,7929.
Às 10h40, recuava 1,04%, a R$ 3,779.
Às 11h09, recuava 1,12%, a R$ 3,776.
Às 11h40, recuava 1,07%, a R$ 3,7813.
Às 12h19, recuava 1%, a R$ 3,7807.
Às 13h09, recuava 0,62%, a R$ 3,7953.
Às 13h50, recuava 0,61%, a R$ 3,7955
Às 15h09, recuava 0,48%, a R$ 3,8005.
Na semana, o dólar acumula queda de 1,58%. No mês e no ano, há alta de 4,75% e 42,9%, respectivamente.
Alívio na China
"O apetite por risco está forte. O humor foi amparado por expectativas de estímulos fiscais na China", escreveram analistas do Scotiabank em nota a clientes, segundo a Reuters.
Preocupações com a desaceleração da China têm pesado sobre o ânimo nos mercados globais, afetando principalmente mercados emergentes. No entanto, as bolsas chinesas engataram o segundo avanço consecutivo nesta sessão, com investidores apostando em mais medidas de estímulo pelo governo chinês
Com isso, o dólar também perdia terreno diante de algumas moedas de países emergentes, como os pesos chileno e mexicano.
Cenário interno
No entanto, no Brasil, operadores continuavam adotando cautela, diante da avaliação de que a volta das turbulências financeiras é questão de tempo, em meio às perspectivas incertas para o reajuste das contas públicas e ao cenário político, segundo a Reuters.
O reforço da intervenção do BC nesta semana, com realização de leilão de venda de dólares com compromisso de recompra na terça-feira, também permitia alguma acomodação da moeda norte-americana aqui. Até então, o BC havia feito apenas um leilão de linha, na semana passada.
"O BC mostrou que está de olho. O mercado sabe que, se a coisa apertar, ele tem ferramentas para ajudar", afirmou à Reuters o superintendente de câmbio de uma corretora nacional.
No entanto, o BC informou nesta quarta-feira que não vendeu dólares no leilão de linha do dia 31 passado, quando ofertou até US$ 2,4 bilhões.
Nesta sessão, o BC seguiu seu programa diário de interferência no câmbio e realizou apenas a continuidade da rolagem dos swaps cambiais que vencem em outubro, equivalentes a venda futura de dólares, ao vender a oferta total de até 9,45 mil contratos.
Ao todo, já rolou o correspondente a 2,732 bilhões de dólares, ou cerca de 29% do total de 9,458 bilhões de dólares e, se continuar neste ritmo, vai recolocar o todo o lote até o fim deste mês.