O dólar fechou perto da estabilidade nesta sexta-feira (20), num dia de baixo volume de negócios e de agenda econômica esvaziada, mantendo-se abaixo do teto informal de R$ 2,25 após testar níveis mais altos nos últimos dois pregões.
Nesta sessão, a moeda norte-americana avançava em relação a diversas moedas importantes, como o euro e o franco suíço, ainda reagindo à queda dos pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos na semana passada e à aceleração na atividade no meio-Atlântico. saiba mais Dólar opera em alta após 4 quedas seguidas Leia mais sobre Dólar em alta
Boa parte do mercado acredita que o Banco Central brasileiro não quer cotações acima do patamar de R$ 2,25, com medo de impactos sobre a inflação via encarecimento de importados, mas também não quer abaixo de R$ 2,20, para não prejudicar as exportações.
Temores de que o Fed poderia adotar um tom mais duro na reunião nesta semana, após o resultado da inflação nos EUA surpreender para cima, haviam levado a moeda norte-americana aultrapassar esse teto informal nesta semana. Mas tanto o Fed quanto sua chair, Janet Yellen, mantiveram a retórica cautelosa após a reunião desta semana e o dólar corrigiu os excessos.
"A tendência, agora, é que continue mais ou menos nesse patamar, porque aquela preocupação com o Federal Reserve (banco central dos Estados Unidos) do começo da semana ficou de lado", disse à Reuters o superintendente de câmbio da corretora Intercam, Jaime Ferreira.
Nesta sessão, o BC deu continuidade às rações diárias vendendo a oferta total de até 4 mil swaps cambiais, que equivalem a venda futura de dólares, com volume equivalente a R$ 198,6 milhões. Foram 3,5 mil contratos para 2 de fevereiro e 500 para 1º de junho de 2015.
Em seguida, vendeu a oferta total de até 10 mil swaps para rolagem dos contratos que vencem em julho. Ao todo, já rolou pouco mais de 60% do lote total, que corresponde a US$ 10,060 bilhões.