A Justiça decretou a prisão preventiva de dois, dos cinco, suspeitos de participação no estupro coletivo de uma jovem de 21 anos na cidade de Sigefredo Pacheco, a 160 km de Teresina. De acordo com o promotor Luciano Lopes, a Justiça expediu mandados de prisão contra os dois que efetivamente tocaram a vítima durante um vídeo em que cinco homens aparecem e a mulher está desacordada. A decisão é do início do mês de agosto e desde então eles estão foragidos.
O promotor Luciano Lopes, que acompanha o caso, contou que a prisão foi solicitada devido a gravidade do crime e por tentativa de obstrução nas investigações. “O que sustentou os pedidos de prisão é a gravidade do crime. Essa moça que sofreu esse abuso consumiu bebida alccoolica, estava embriagada, inclusive com os suspeitos, que não eram pessoas estranhas. Eles se ofereceram para levar a mulher para a casa dela e cometeram o crime", disse o promotor.
O crime aconteceu no dia 3 de junho desse ano, mas a denúncia só foi feita 11 dias depois na cidade de Campo Maior. Uma jovem de 21 anos foi filmada desacordada e seminua dentro de um carro. Nas imagens, vários rapazes zombam da vítima e pegam em suas partes íntimas. A mulher abusada disse em depoimento que não lembra de nada e só soube do ocorrido porque uma vizinha sua comentou que um vídeo com imagens da vítima estavam sendo compartilhadas pelo WhatsApp.
Para o G1, o delegado Laércio Evangelista afirmou que os dois suspeitos com prisão decretada fugiram de Sigefredo Pacheco e que a Polícia Civil está trabalhando para identificar onde eles estão se escondendo.
Quatro dos cinco suspeitos haviam sido presos no dia 16 de junho e encaminhados para a penitenciária de Esperantina, onde passaram um mês até quando expiraram os mandados de prisão. No dia 19 de julho, um pré-candidato à prefeitura de Sigefredo Pacheco também foi indiciado no caso, mas não chegou a ser preso.
O promotor Luciano Lopes afimou que fez o pedido de prisão dos cinco suspeitos, mas que a Justiça acatou apenas o de dois. Ele argumentou que todo o grupo articulou para obstruir a Justiça, tentando inclusive subornar a vítima para que ela não denunciasse o caso.
Na época, a mulher abusada afirmou ao G1 que dois dos suspeitos chegaram a procurá-la e oferecer dinheiro para que ela não denunciasse o caso. A proposta foi feita quando a moça procurou os rapazes para saber do seu celular que havia desaparecido e saber por que haviam gravado e divulgado o vídeo em que aparece sendo abusada.
“Ofereceram dinheiro para eu não levar adiante. Disseram que eu podia pedir a quantia que quisesse para não denunciar”, falou.