Há gols que ficam marcados na história de um jogador, por várias razões. Decidir um título, por sua beleza plástica, pela importância da partida. Diego tem alguns em sua galeria, e um deles certamente, foi em Wembley, lendário palco do futebol que receberá o amistoso entre Brasil e Inglaterra, nesta terça-feira, em Londres.
Há 10 anos, o estádio, construído em 1923, foi reaberto depois de sua maior reforma. O primeiro adversário da Inglaterra foi justamente o Brasil, num amistoso em junho. Diego fez, nos acréscimos, o gol de empate, o primeiro da Seleção no novo Wembley.
Dunga preparava a equipe para a disputa da Copa América, semanas depois. Diego foi ao torneio, mas acabou perdendo a posição ao longo dos jogos, e também o prestígio com o técnico da época. Tanto que naturalmente foi descartado da disputa por uma vaga na Copa do Mundo de 2010.
Agora, Diego revive cenário similar, mas não há mais tempo. Depois de se apresentar com lesão na coxa e não ser relacionado para o amistoso contra o Japão, na última sexta-feira, ele terá no mesmo Wembley onde já escreveu um pedacinho da história, possivelmente, sua última chance de se consolidar no grupo que irá ao Mundial da Rússia, em 2018.
Sua presença no treino do último sábado garantiu que ele estará pelo menos no banco de reservas.
Dessa vez, não é o mau futebol o principal obstáculo de Diego, e sim as lesões que o atingem desde o primeiro semestre, e o impediram de estar em campo em pelo menos cinco jogos (veja abaixo). O trabalho intenso de recuperação na fisioterapia da Seleção fez com que ele voltasse rapidamente a treinar com bola, o que aumenta suas chances de entrar em campo.
Argentina e Austrália: Diego só não foi convocado para os amistosos de junho porque havia sido submetido, em abril, a uma artroscopia, consequência de uma lesão no ligamento do joelho direito. Ele teria mais minutos de jogo se tivesse ido ao outro lado do mundo.
Bolívia e Chile: convocado novamente, Diego foi submetido a exames médicos quando se apresentou na Granja Comary, mas uma lesão em sua coxa esquerda foi detectada: cortado.
Japão e Inglaterra: em processo semelhante ao anterior, o meia viajou a Paris, mas exames apontaram lesão na mesma coxa esquerda. Sua participação na vitória por 3 a 1 sobre os japoneses foi logo descartada, mas é possível que ele esteja à disposição na terça-feira.
Tite insiste com Diego porque enxerga nele a capacidade de mudar os rumos de uma partida, ainda que ele só tenha atuado por 48 minutos sob seu comando, no segundo tempo do amistoso de janeiro, em que, com uma seleção formada exclusivamente por atletas de clubes nacionais, o Brasil venceu a Colômbia por 1 a 0.
Em sua equipe, o técnico sonha com a desenvoltura de Diego executando função semelhante à de Renato Augusto, só que com uma chegada à área ainda mais incisiva. Um sonho que o meia rubro-negro quer compartilhar, e, para isso, conta com o Wembley onde ele já foi tão feliz.
Veja as informações da seleção brasileira para enfrentar a Inglaterra:
Local: estádio Wembley, em Londres (ING)
Data e horário: terça-feira, às 18h (de Brasília)
Provável escalação: Alisson, Daniel Alves, Marquinhos, Miranda e Marcelo; Casemiro; Paulinho, Renato Augusto, Willian (Coutinho) e Neymar; Gabriel Jesus
Arbitragem: Artur Soares Dias, auxiliado por Rui Licínio Tavares e Paulo Alexandre Santos Soares (todos de Portugal)
Árbitro de vídeo: Tiago Lopes Martins, auxiliado por João Carlos Capela (ambos de Portugal)
Transmissão: TV Globo (com Galvão Bueno, Casagrande, Junior, Arnaldo Cezar Coelho e Tino Marcos), SporTV (com Luiz Carlos Jr, Lédio Carmona e Muricy Ramalho) e GloboEsporte.com
Tempo Real: GloboEsporte.com, a partir das 17h
DIEGO
FLAMENGO