A distribuição de gasolina para comercialização está sendo racionada pela falta de um dos componentes do produto, o álcool anidro. De acordo com o Sindicato dos Revendedores de Combustíveis do Piauí, no Terminal de Petróleo há quantidade suficiente de gasolina para abastecer a todo o estado, porém, o álcool anidro está com estoque reduzido.
Atualmente, 40% dos 210 postos de Teresina estão abastecidos. Em todo o Piauí, entre 25 e 30% dos 1100 postos receberam combustível. Após a liberação do Terminal de Petróleo, na noite de segunda-feira (28), a previsão inicial era que a normalização acontecesse em até cinco dias. O presidente do Sindicato dos Postos Revendedores de Combustíveis do Piauí, Alexandre Valença, disse que, por conta do racionamento, não existe prazo para normalização da entrega em todo o estado.
“Nós compramos gasolina C, que é uma mistura de álcool e gasolina. Temos no terminal muita gasolina e pouquíssimo álcool, e não está conseguindo chegar mais álcool por conta dos bloqueios feito pela greve dos caminhoneiros em outros estados. Então estão racionando a entrega de gasolina”, explicou Alexandre Valença.
Toda a gasolina que abastece o Piauí chega de trem. Já o álcool anidro vem em caminhões-tanques, oriundos dos estados de São Paulo e Goiás. Os dois produtos são misturados no Terminal de Petróleo, que encaminha às distribuidoras o produto pronto para uso.
De acordo com o sindicato, a Agência Nacional do Petróleo (ANP) reduziu o índice de álcool anidro na gasolina de 27 para 21%, e assim garantir a comercialização. Apesar disso, a quantidade do produto está escassa. A alteração na quantidade de álcool anidro adicionado à gasolina também tem refletido no aumento do preço do produto.
“Já diminuíram a entrega porque, se continuassem no mesmo ritmo, iria acabar imediatamente. Estão entregando de pouco agora, intercalando postos para que não falte tudo de uma vez”, explicou o presidente do sindicato.
TERESINA