Por volta das 14h deste domingo (27), a presidente Dilma Rousseff esteve no Hospital de Caridade de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, onde visitou feridos do incêndio na boate Kiss, que causou, pelo menos, 232 mortes. Após passar pelo hospital, a comitiva presidencial se dirigiu ao ginásio do Centro Desportivo Municipal, onde está ocorrendo o reconhecimento dos corpos das vítimas da tragédia.
Dilma conversou com alguns familiares que aguardam para fazer o reconhecimento dos corpos, mas, muito emocionada, logo deixou o local sem falar com a imprensa.
“Ela esteve no local onde estão as famílias, conversou com alguns, mas está muito emocionada, é um clima que ninguém queria vivenciar. Queremos dar todo o apoio ao trabalho que está sendo feito. Queremos respostas”, disse o presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT-RS), que acompanhava a presidente.
Ao ser informada por auxiliares, na manhã deste domingo (27), sobre a extensão da tragédia no Rio Grande do Sul, a presidente Dilma Rousseff mandou cancelar todos os compromissos do dia previstos em sua agenda oficial em Santiago do Chile. A chefe de estado brasileira participava desde sábado (26), na capital chilena, de um encontro de cúpula de países latino-americanos e europeus.
Segundo a assessoria da Presidência, entre os compromissos cancelados por Dilma estavam encontros bilaterais com os presidente de Argentina, Letônia e Bolívia.
Antes de embarcar de volta ao Brasil, a presidente entrou em contato com integrantes do primeiro escalão para determinar que todos os ministros ficassem de prontidão para auxiliar no atendimentos às vítimas do incêndio e seus familiares.
De acordo com a ministra dos Direitos Humanos, Maria do Rosário, Dilma também ordenou, direto do Chile, que uma equipe de técnicos e peritos federais viajasse nesta tarde de Brasília para o Rio Grande do Sul para auxiliar nos trabalhos de identificação dos mortos.
Em declaração à imprensa em Santiago, Dilma chegou a chorar ao lamentar as mortes de mais de 200 pessoas no incêndio da boate Kiss.
"Eu queria dizer à população do nosso país e de Santa Maria o quanto, nesse momento de tristeza, estamos juntos. E necessariamente iremos superar, mantendo a tristeza", disse a presidente com a voz embargada.
Repercussão política
Assim que começaram a circular as primeiras informações sobre a tragédia deste domingo no Rio Grande do Sul, uma onda de manifestações de autoridades, políticos e personalidades públicas tomou conta das redes sociais e da internet.
O vice-presidente da República, Michel Temer, foi um dos integrantes do governo federal que prestou solidariedade às vítimas do incêndio pela rede mundial. Em nota oficial, Temer relatou ter conversado com o prefeito de Santa Maria, Cezar Schirmer, seu correligionário do PMDB, para transmitir seu "pesar" pelo incidente.
“Todo o povo brasileiro se solidariza nesta hora trágica com o Rio Grande do Sul. Por telefone, transmiti ao prefeito de Santa Maria, Cezar Schirmer, meu pesar por este lamentável acidente que retirou a vida de tantos jovens gaúchos. Expresso minha solidariedade também aos familiares das vítimas", escreveu.
Em nota aberta ao governador gaúcho Tarso Genro, o presidente do Senado, José Sarney (PMDB), afirmou estar profundamente chocado com a tragédia de Santa Maria.
"Minha primeira reação é de dirigir-me ao ilustre governador e, através de sua pessoa, manifestar ao povo do Rio Grande do Sul, às famílias das vitimas e a seu governo minha profunda solidariedade neste momento de sofrimento que ultrapassa as fronteiras do seu estado e atinge e comove todo o povo brasileiro", disse Sarney na carta oficial.
Para ler mais notícias do G1 Rio Grande do Sul, clique em g1.com.br/rs. Siga também o G1 RS no Twitter e por RSS.