Dilma preferiu confiar na sociedade a criminalizar manifestamtes
O governo federal confirmou, nesta quinta-feira (15), que desistiu de enviar ao Congresso Nacional o projeto de lei que criminalizava a ação dos Black Blocs. O entendimento do Planalto é de que a medida não seria bem vista pela sociedade.
A decisão foi confirmada pelo ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho. Segundo ele, a presidente Dilma avaliou que a criminalização de um grupo de manifestantes não é coerente com a democracia. saiba mais Com selfies e capacete dourado, Dilma visita Itaquera "O Brasil não vai explodir em 2015, vai é bombar", diz Dilma Oposição pede à Procuradoria ação contra Dilma por improbidade Dilma entrega vice-presidência da Caixa ao tesoureiro do PTB Dilma muda política e reduz idas ao exterior Leia mais sobre Dilma Rousseff
— É um gesto da presidente de estender à sociedade e confiar na sociedade porque o aparato legal permite punir aqueles que quebram o procedimento democrático.
Imagem: Estadão ConteúdoClique para ampliarDilma preferiu confiar na sociedade a criminalizar manifestamtesCarvalho destacou que, mesmo sem serem considerados criminosos, os Black Blocs não ficarão impunes. De acordo com o ministro, nenhum tipo de violência por parte dos manifestantes ou abuso por parte dos policiais será permitida.
— Queremos que haja paz nas manifestações e não toleraremos nenhum tipo de violência, seja dos manifestantes, seja das forças policiais. Manteremos vigilância permanente nas doze sedes da Copa do Mundo.
A ideia de criminalizar os Black Blocs surgiu durante reuniões do grupo de trabalho, formado no governo federal, para discutir meios de conter a violência e o vandalismo durante as manifestações populares. A necessidade surgiu depois dos protestos de junho do ano passado, que tomaram conta das ruas das principais cidades do País.
O governo se prepara agora para controlar os protestos durante a Copa do Mundo. Nesta quinta-feira, manifestantes se mobilizaram em várias cidades brasileiras em manifestações contra a realização do Mundial.