A ex-presidente Dilma Rousseff (PT) não compareceu à 7ª Vara Federal de Porto Alegre, na tarde desta sexta-feira (29), para prestar depoimento ao juiz Sergio Moro, por videoconferência. Dilma é testemunha de defesa do também ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no processo sobre o sítio de Atibaia (SP), no âmbito da Lava-Jato.
O depoimento estava marcado para as 15h. Ainda na noite de quinta-feira (28), a defesa de Lula solicitou uma nova data para Dilma depor, alegando um compromisso. Não houve resposta do juiz e Dilma não compareceu.
Além dela, segundo a Justiça Federal, também prestariam depoimento o ex-governador do estado Tarso Genro (PT), o empresário Jorge Gerdau Johannpeter e Túlio Zamin, que já foi presidente do Banco do Estado do Rio Grande do Sul (Banrisul). O primeiro foi dispensado, o segundo falou por videoconferência em São Paulo e o último compareceu.
No fim da tarde desta sexta (29), Moro marcou uma nova data para o depoimento da petista. Será também por videoconferência, em 9 de agosto. O local, ainda a ser confirmado, será em São Paulo ou Rio de Janeiro. O horário também não foi informado.
Suspeita de propina de R$ 1,02 milhão
O processo tramita na 13ª Vara Criminal Federal, em Curitiba. Lula é investigado pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Ele se tornou réu na ação em agosto.
O processo investiga se Lula recebeu propina da Odebrecht e da OAS por meio da aquisição e de reformas do sítio.
O petista nega as acusações e diz não ser o dono do imóvel, que está no nome de sócios de um dos filhos do ex-presidente. O ex-presidente afirma que todos os bens que pertencem a ele estão declarados à Receita Federal.