Dilma diz que tomar� atitude bastante clara em rela��o ao Santander

Publicada em 29 de Julho de 2014 �s 07h31

Dilma Rousseff (PT), candidata à reeleição, durante sabatina no Palácio da Alvorada, em Brasília Imagem: Pedro Ladeira/FolhapressDilma Rousseff (PT), candidata � reelei��o, durante sabatina no Pal�cio da Alvorada, em Bras�lia� �A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta segunda-feira (28) que pretende adotar uma atitude "bastante clara" no caso do banco Santander, que enviou a seus clientes de alta renda uma an�lise em que sugere uma deteriora��o da economia na hip�tese de reelei��o da presidente. Em sabatina conjunta do jornal "Folha de S.Paulo", do portal UOL, do SBT e da r�dio Jovem Pan, no Pal�cio da Alvorada, em Bras�lia, Dilma classificou o pedido de desculpas do Santander como "bastante protocolar" e afirmou que o epis�dio foi "lament�vel" e "inadmiss�vel para qualquer candidato". "Vou ter uma atitude bastante clara em rela��o ao banco", declarou. Neste domingo (27), o presidente mundial do Santander, Emilio Bot�n, afirmou que todos os respons�veis pela elabora��o e pela aprova��o do texto ser�o demitidos ap�s uma investiga��o interna. Indagada se a decis�o que pretende tomar � processar o banco, a presidente n�o quis revelar. Afirmou que n�o iria especular sobre eventuais atitudes. "Sou presidenta e tenho que ter atitude que seja mais prudente", disse. Ela disse que, antes de qualquer medida, pretende conversar. "Eu conhe�o bastante bem o presidente do banco. Eu pretendo, inclusive, conversar a respeito", declarou. Segundo a presidente, � "inadmiss�vel para qualquer pa�s aceitar qualquer n�vel de interfer�ncia de qualquer integrante de forma institucional. � inadmiss�vel". Questionada se o Santander fez isso, respondeu: "Fez. Isso � lament�vel, inadmiss�vel para qualquer candidato, seja eu ou qualquer outro." Israel Dilma afirmou que Israel tem agido de forma "desproporcional" na Faixa de Gaza. Nota oficial do Itamaraty sobre o tema levou a uma crise, ap�s um porta-voz da diplomacia israelense chamar o Brasil de "an�o diplom�tico". O que est� ocorrendo na Faixa de Gaza � uma coisa muito perigosa, um massacre. N�o est� sendo feito um genoc�dio, mas uma a��o desproporcional. N�o � poss�vel matar crian�as e mulheres, de jeito nenhum." Para a presidente, est� ocorrendo "um massacre" na Faixa de Gaza. "O que est� ocorrendo na Faixa de Gaza � uma coisa muito perigosa, um massacre. N�o est� sendo feito um genoc�dio, mas uma a��o desproporcional. N�o � poss�vel matar crian�as e mulheres, de jeito nenhum." Ela afirmou que o embaixador brasileiro em Tel-Aviv, que foi chamado para consulta, vai retornar. Ela descartou "ruptura" com Israel. "O embaixador foi chamado porque t�nhamos d�vidas com rela��o a algumas coisas, e oportunamente vai voltar. N�o tem ruptura. Lamento as palavras. As palavras do porta-voz produzem um clima muito ruim. Nesse caso, a gente tem que ser bastante prudente. Acho que a ONU est� certa." Petrobras Sobre a compra da refinaria de Pasadena, no Texas (EUA), alvo de investiga��es por suposto superfaturamento, Dilma disse que n�o se sente "desgastada" pelo epis�dio. Ela era do conselho de administra��o da Petrobras na �poca em que a compra foi aprovada. "Do ponto de vista da minha situa��o, eu queria lembrar que o conselho de administra��o � um colegiado. Estavam presentes no conselho naquele momento empres�rios e pessoas de grande experi�ncia na �rea de neg�cios. [...] O que aconteceu conosco? N�o tivemos todos os dados. Tanto o Tribunal de Contas quanto o Minist�rio P�blico percebem as condi��es e eu fui afastada desse processo. N�o tem como me condenar por Pasadena." "Eu n�o acho que estou sendo desgastada por Pasadena. Pasadena mostra que sempre tive conduta decente no exerc�cio de cargos p�blicos", completou. Dilma afirmou que n�o sabia que o TCU iria isent�-la de responsabilidade no caso e rebateu informa��es de que o governo atuou para que isso acontecesse. Do ponto de vista da minha situa��o, eu queria lembrar que o conselho de administra��o � um colegiado. Estavam presentes no conselho naquele momento empres�rios e pessoas de grande experi�ncia na �rea de neg�cios. [...] O que aconteceu conosco? N�o tivemos todos os dados. Tanto o Tribunal de Contas quanto o Minist�rio P�blico percebem as condi��es e eu fui afastada desse processo. N�o tem como me condenar por Pasadena." Mensal�o Dilma disse que o processo do mensal�o foi tratado com "dois pesos e umas 19 medidas". Segundo ela, o chamado mensal�o mineiro, que envolveu pol�ticos do PSDB, n�o foi investigado. "Eu acho que essa hist�ria da rela��o com o PT tem dois pesos e umas 19 medidas. Por que? O mensal�o foi investigado, agora, o mensal�o mineiro, n�o. [...] Quando foi no nosso caso, n�s tomamos todas as provid�ncias, n�o tivemos nenhum processo de interromper a Justi�a. N�o pressionamos juiz, n�o falamos com procurador, n�o engavetamos processo", declarou. Depois de um dos jornalistas afirmar que ela testemunhou no processo e disse que o ex-ministro da Casa Civil Jos� Dirceu foi "injusti�ado", Dilma respondeu: "Fiz isso quando era ministra. Como presidenta, eu n�o me manifesto sobre processo julgado." Infla��o Perguntada sobre a eleva��o da taxa de infla��o em contraste com o discurso de posse no qual afirmou que n�o deixaria a "praga" voltar", ela destacou que infla��o "n�o est� descontrolada". "Eu n�o concordo que deu alguma coisa errada no combate � infla��o. [...] Asseguro que ficar� abaixo do limite superior", declarou. Segundo ela, o Brasil est� "enfrentando da forma mais corajosa a mais grave crise econ�mica que o mundo passou" nos �ltimos anos. "N�o tinha a menor ideia. Ali�s, o relator do TCU em quest�o [Jos� Jorge] n�o � ligado ao meu partido e nem faz parte da minha base aliada no passado. Os ministros do TCU s�o indicados pelo Senado, C�mara ou s�o membros integrantes t�cnicos do pr�prio TCU. E n�o h� como fazer que o ministro relator tenha qualquer rela��o comigo." Dinheiro em casa A presidente tamb�m foi questionada sobre o motivo pelo qual guarda R$ 152 mil em dinheiro em casa, segundo declarou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ela afirmou que guarda dinheiro por "h�bito" que adquiriu durante a ditadura e que gosta de ter dinheiro guardado para necessidades da filha. "Eu sou de outra gera��o. Eu nunca quis sucesso. Para mim, o sucesso n�o era isso. Eu tenho 66 anos. Na minha �poca, o valor fundamental era a gente transformar o Brasil. J� vivi muito com dinheiro. J� vivi muito sem dinheiro. Essa mania com os meus R$ 152 mil voc�s n�o v�o mudar." Ao ser informada de que o dinheiro poderia render R$ 10 mil ao ano, indagou: "O que � R$ 10 mil?", mas em seguida ela mesma respondeu: "Eu acho que R$ 10 mil � muito". Equipe econ�mica Perguntada se manter�, em um eventual futuro governo Guido Mantega (ministro da Fazenda) e Alexandre Tombini (presidente do Banco Central), que n�o discute o minist�rio. "N�s estamos em plena campanha eleitoral. N�o � hora de discutir. A �ltima vez que botaram o carro na frente dos bois, se eu me lembro bem, sentaram na cadeira de prefeito antes da elei��o, e perderam a elei��o. Eu n�o discuto meu minist�rio. At� porque sou supersticiosa", afirmou a presidente, em refer�ncia a Fernando Henrique Cardoso que, antes da elei��o de 1985, posou para foto na cadeira do prefeito e depois perdeu para J�nio Quadros. Ela disse que nenhum pa�s venceu a crise financeira internacional, iniciada em 2008, mas que o Brasil manteve o n�vel de emprego. "O Brasil, neste per�odo, enfrentou a crise e enfrentou sem cair naquela que foi a pior situa��o de v�rios pa�ses, enfrentando alta taxa de desemprego. N�s criamos 8,5 milh�es de postos de trabalho", disse, completando que somente em sua gest�o foram mais de 5 milh�es.

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Fonte: Vooz �|� Publicado por:

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