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Dilma diz que estagnação é normal no período eleitoral

Publicada em 29 de Maio de 2014 �s 07h41


Imagem: ReproduçãoClique para ampliarA presidente Dilma Rousseff afirmou à comunidade judaica na noite desta quarta-feira que o clima pré-eleitoral reflete no baixo crescimento econômico do país. Dilma participou de um jantar com cerca de 80 empresários, intelectuais e lideranças ligadas à Confederação Israelita Brasileira (Conib) e tentou tranquilizar os empresários ao dizer que o país não sofrerá com o racionamento energético. Nesse ponto do discurso, fez a única provocação com tom eleitoral do jantar oferecido pelo presidente da Conib, o médico Claudio Lottenberg, ao dizer que haverá racionamento de água, mas em São Paulo. O estado, governado pelo PSDB, vive uma crise de abastecimento de água. — A presidente disse que existe uma estagnação que é normal nos períodos pré-eleitorais. Ela chamou a atenção para um particular: toda vez que tem um período eleitoral, essa instabilidade acontece. É uma tradição e não acontece apenas aqui. Uma certa estagnação acontece também nos Estados Unidos. Na reeleição do presidente (Barack) Obama também teve um sentido de paralisação. É um cenário que é normal. Ela disse que até novembro o Brasil vai passar por isso, mas, quanto à instabilidade do dólar e às questões inflacionárias, ela disse que, de certa maneira, isso está sob controle — contou Lottenberg, em entrevista depois do jantar em sua casa. saiba mais Câmara e Senado vão ajuizar duas ações contra decisão sobre bancadas PSB de Campos ganha reforço de outro partido na disputa ao Planalto Oposição classifica como desespero discurso de Dilma Teto de votos em Dilma está em queda Cadastro com potenciais fichas-sujas tem pelo menos 32 mil nomes, aponta MPF Leia mais sobre Eleições 2014 A presidente falou longamente sobre números da economia brasileira, defendeu o programa Mais Médicos e pediu uma torcida pela Copa do Mundo. Criticada por conversar pouco com o empresariado, Dilma fez questão de cumprimentar quase todos os que participaram do encontro e de citar diversos nomes durante seu discurso. Ao final, como o jantar fora marcado no mesmo dia do aniversário da anfitriã, Ida Lottenberg, Dilma puxou o coro de "Parabéns a você". A presidente respondeu a três perguntas dos convidados, mas o único ponto crítico partiu do jornalista e empresário João Dória Júnior, que perguntou à presidente sobre a crise de credibilidade que o país estaria vivendo. Ele contou ter participado de um encontro de empresários e investidores nos Estados Unidos e ter concluído que o país tem "quase nenhuma" credibilidade. Dória Júnior perguntou também sobre a falta de investimentos americanos no país. — Ela deu dados que falam do crescimento do país, da taxa de desemprego, comparativamente com os Estados Unidos, que na verdade não estão crescendo como diziam que iriam crescer. A presidente disse: os Estados Unidos acreditam fortemente é no México e o que eu posso fazer com isso? — relatou Lottenberg. Para defender o baixo crescimento econômico do país, Dilma também comparou seu governo com os três primeiros anos de seus antecessores, Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva. — Os tetos inflacionários também foram elevados e, aliás, maiores do que ela está enfrentando neste momento — disse Lottenberg, que completou: — Todos saímos extremamente sensibilizados pelo carinho e até pela forma estruturada com que a presidente coloca as coisas. Ela conhece profundamente os números. Ela é, realmente, uma pessoa diferenciada. À comunidade judaica, Dilma disse estar preocupada com o avanço de partidos de direita no Parlamento europeu e contou que, depois que escreveu aos líderes religiosos internacionais pedindo uma mensagem para a Copa do Mundo, os primeiros a responder foram os rabinos-chefes de Israel. Ela chegou a entregar uma cópia da mensagem israelense, que fala sobre paz, ao presidente da Conib. Petistas da comunidade judaica participaram do jantar, como o prefeito Fernando Haddad e o governador Jaques Wagner. Entre os empresários, estavam Elie Horn, da Cyrela, Meyer Nigri, da Tecnisa, Ivoncy Ioschpe, fundador da Iochpe-Maxion, Daniel Feffer, do grupo Suzano. Este é o terceiro jantar oferecido pela comunidade judaica a pré-candidatos à Presidência. O tucano Aécio Neves e o socialista Eduardo Campos já se reuniram com o grupo. Tanto eles como Dilma receberam mimos com significado religioso da comunidade israelita. Dilma ganhou de Lottenberg com um menorah, o candelabro judaico.

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Fonte: Vooz �|� Publicado por:
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