Aécio Neves se reúne com sindicalistas e dirigentes do partido Solidariedade, em São Paulo
O pré-candidato do PSDB à Presidência da República, senador Aécio Neves (MG), criticou nesta segunda-feira (5) declaração da presidente Dilma Rousseff de que é "inadmissível ficar querendo vender a Petrobras ou ficar trocando o nome" da estatal do petróleo. Em tom irônico, Aécio afirmou que a chefe do Executivo cria "inimigos imaginários" para ter com quem discutir. Aécio Neves se reúne com sindicalistas e dirigentes do partido Solidariedade, em São Paulo "Estou vendo a presidente da República quase que como aquelas crianças que criavam amigos imaginários e saíam conversando com eles. A presidente agora está criando inimigo imaginário e começa a brigar com ele", disse o senador tucano durante encontro com um grupo de sindicalistas e dirigentes do partido oposicionista Solidariedade, na sede do Sindicato Nacional dos Aposentados, em São Paulo. "Nos jornais, a presidente está dizendo: "não vou deixar que privatizem a Petrobras". Meu Deus, quem está falando em privatizar a Petrobras? O que eu quero é reestatizar a Petrobras porque ela foi privatizada pelos interesses escusos de um grupo político que dela se apoderou para fazer negócios", complementou. Dilma fez o comentário sobre a Petrobras no último sábado, durante lançamento da pedra fundamental de uma fábrica de fertilizantes da Petrobras em Uberaba, no Triângulo Mineiro. Na ocasião, ela também destacou que a estatal cresceu durante a gestão do PT. Nas últimas campanhas de eleições presidenciais, o PT usou o argumento de que o PSDB pretendia privatizar a empresa, mas os tucanos negaram a intenção. Neste ano, a tônica do discurso da oposição, repetida pelo próprio Aécio Neves, é a de que é necessário "reestatizar" a Petrobras. A oposição argumenta que o PT loteou a empresa com a distribuição de cargos. Nesta segunda, diante dos sindicalistas, Aécio relembrou as recentes denúncias envolvendo a Petrobras. "Não é possível que a gente todo dia abra o jornal e veja lá mais uma denúncia em relação à Petrobras, mais uma denúncia em relação aos fundos de pensão", reclamou. Imposto de renda Cinco dias após Dilma anunciar um reajuste de 4,5% na tabela do imposto de renda, Aécio Neves informou os sindicalistas aliados que ele irá protocolar no Senado um projeto de lei que vincule as correções ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o índice oficial de inflação. Segundo o presidenciável, seu projeto vai garantir o reajuste do imposto de renda pelo IPCA até 2018. Pautas sindicais Durante o encontro com os sindicalistas, Aécio Neves anunciou que o presidente licenciado do Sindicato dos Aposentados, João Inocentini, irá integrar o grupo que está elaborando seu programa de governo. Em resposta aos jornalistas, Inocentini afirmou que pautas sindicais tradicionais, como a redução da jornada de trabalho sem redução salarial, o reajuste da tabela de Imposto de Renda e o fim do fator previdenciário, seriam discutidas com os coordenadores do plano de governo de Aécio. O dirigente sindical, entretanto, disse que Aécio ainda "não havia prometido nada" sobre as reivindicações dos sindicatos. "Ele [Aécio] está aberto a discussões. O fator previdenciário é um câncer no Brasil e foi feito pelo FHC, mas o governo do PT não fez nada para mudar isso", disse Inocentini. Pautas sindicais Durante o encontro com os sindicalistas, Aécio Neves anunciou que o presidente licenciado do Sindicato dos Aposentados, João Inocentini, irá integrar o grupo que está elaborando seu programa de governo. Em resposta aos jornalistas, Inocentini afirmou que pautas sindicais tradicionais, como a redução da jornada de trabalho sem redução salarial, o reajuste da tabela de Imposto de Renda e o fim do fator previdenciário, seriam discutidas com os coordenadores do plano de governo de Aécio. O dirigente sindical, entretanto, disse que Aécio ainda "não havia prometido nada" sobre as reivindicações dos sindicatos. "Ele [Aécio] está aberto a discussões. O fator previdenciário é um câncer no Brasil e foi feito pelo FHC, mas o governo do PT não fez nada para mudar isso", disse Inocentini.