BRASÍLIA — A presidente Dilma Rousseff acompanha a votação do impeachment no Palácio do Alvorada com seu principal auxiliar, o assessor especial Giles Azevedo, o ministro chefe de gabinete, Jaques Wagner, o ministro da Secretaria de Governo, Ricardo Berzoini, e os governadores Tião Viana (PT- AC), Valdez Goes (PDT-AC) e Camilo Santana (PT-CE). Às 20h28m, o placar mostrava 213 votos a favor do impeachment. São necessários 342 para a aprovação. O governo já admitiu derrota na votação. Segundo fontes do Palácio, as chances de mudar o resultado "são zero". Às 21h28m, o placar mostrava 264 votos a favor do impeachment. São necessários 342 para a aprovação. A informação foi antecipada pelo colunista Jorge Bastos Moreno em seu blog.
O ex-presidente Lula passou a maior parte do dia com Dilma, mas voltou para o hotel que se transformou em seu QG pouco antes da votação. O ex-presidente retornou ao Alvorada quando 113 votos já haviam sido computados e o deputado Elizeu Dionizio (PSDB-MS) votava sim, encerrando sua fala com o jargão “tchau, querida”. Nesse momento, estavam todos calados dentro do Alvorada, concentrados, fazendo as contas dos votos.
Já o vice-presidente Michel Temer está acompanhando a votação na residência oficial, o Palácio do Jaburu, com caciques do partido. Segundo interlocutores, Temer está reunido com o senador Romero Jucá (RR), atual presidente do PMDB; o ex-ministro Eliseu Padilha e ainda o ex-ministro Henrique Eduardo Alves, que foi o único do partido a deixar o comando da pasta do Turismo depois que a sigla desembarcou do governo.