Nesta sexta-feira (7), a movimentação do Grito dos Excluídos marcou o dia da Independência em Teresina. Em sua 24ª edição, a caminhada começou por volta das 9h da manhã no Encontro dos Rios e seguiu pela Avenida Boa Esperança, na Zona Norte da capital.
Na edição deste ano, o movimento abraçou a causa dos moradores da Avenida Boa Esperança, que pedem para continuar residindo no local apesar do Projeto Lagoas do Norte, que prevê a retirada das famílias que residem na região. Maria Lúcia Oliveira, presidente do movimento “Lagoas do Norte Para Quem?” falou sobre a importância da manifestação. “Essa é uma luta de Teresina, porque a Zona Norte é um museu vivo, as histórias estão aqui, foi aqui que a história começou, e as pessoas têm que permanecer aqui”, declarou.
Com o tema “Em primeiro lugar a vida, mas desigualdade gera violência. Basta de privilégios!”, o Grito dos Excluídos nasceu de uma iniciativa conjunta da Igreja Católica com movimentos sociais. O Padre Júlio Ferreira, participante do movimento, falou sobre as bandeiras que defendem. “Estamos fazendo isso justamente para questionar essa questão do 7 de setembro, da independência. Que independência, se o nosso povo continua dependente? Se a nossa nação continua dependente?”, questiona.
Os moradores da Avenida Boa Esperança reivindicam a permanência na região e a manutenção das oportunidades de trabalho para a população.