De acordo com o agente, durante o período chuvoso, a situação das unidades prisionais se torna ainda mais caótica. Segundo ele, as alas de algumas penitenciárias viram verdadeiros rios.
“É um verdadeiro aguaceiro. Basta cair a chuva mais fraca para os problemas aparecerem. Não sabemos onde os investimentos estão sendo aplicados, já que não visualizamos melhorias”, falou.
Kleiton denunciou ainda que desde novembro do 2016, os agentes penitenciários responsáveis pelo traslado de detentos para as audiências de custódia, não recebem as diárias para custeio de combustível e alimentação, e precisam tirar do próprio bolso. Segundo ele, se a situação não for regularizada, os agentes responsáveis irão parar e consequentemente, as audiências.
“Vai piorar a questão da superlotação, pois sem as audiências a situação dos presos não pode ser julgada e aqueles que já deveriam estar em liberdade, irão continuar presos. Em consequência, os casos de morte, infelizmente, poderão continuar a acontecer”, disse.
Nota
A gerência da Penitenciária Mista de Parnaíba informou por meio de nota, que está apurando a morte do preso ocorrida nessa terça-feira (14). O Instituto de Medicina Legal (IML) e a Polícia Civil foram acionados para conduzir a perícia e as investigações. A equipe de Assistência Social da unidade está auxiliando nos procedimentos junto à família do detento.
O detento identificado como Francisco das Chagas estava preso na Penitenciária Mista de Parnaíba desde 29 de novembro do ano passado, por tentativa de homicídio.