O desembargador Siro Darlan, da 7ª Câmara Criminal, concedeu habeas corpus a 23 manifestantes acusados de praticarem e executarem atos violentos em protestos no Rio nesta quarta-feira (23). A informação foi confirmada pelo Tribunal de Justiça. Por volta das 17h30, ele publicou em seu Facebook a frase: "O pensamento parece uma coisa à toa, mas como é que a gente voa quando começa a pensar. Liberdade! Liberdade! Abra as Asas sobre Nós!".
Na tarde desta quarta-feira, Siro Darlan afirmou que ainda não tinha tido acesso ao inquérito da Delegacia de Repressão a Crimes de Informática (DRCI) que deu origem ao processo contra os 23 manifestantes. Por volta das 19h desta quarta, cinco estavam presos em Bangu e outros 18 eram considerados foragidos, após terem tido a prisão preventiva decretada na sexta-feira (18). saiba mais Polícia Civil suspeita do envolvimento de sindicatos no financiamento de manifestações Polícia Civil deixa porta de consulado no Rio onde ativistas pedem asilo Leia mais sobre Ativistas
Siro Darlan disse também que o pedido de acesso ao inquérito, com milhares de páginas, foi feito ao titular da DRCI, Alessandro Thiers, há cerca de uma semana. O desembargador afirmou, no entanto, que não depende do inquérito para julgar o pedido habeas corpus feito pela defesa dos réus.
Pedido de liberdade
O pedido de habeas corpus para 21 réus foi feito na segunda-feira (21). O Instituto de Defesa dos Direitos Humanos (DDH) representa 20 deles. Já a advogada Eloisa Samy é defendida pela Comissão de Prerrogativas da OAB-RJ. Os únicos dois réus que não foram incluídos no pedido de liberdade provisória são Fábio Raposo e Caio Silva, que respondem a processo também por homicídio doloso – quando há intenção de matar – em razão da morte do cinegrafista Santiago Andrade durante um protesto no Centro da cidade em fevereiro deste ano.