O Psol protocolou na tarde desta quarta-feira representação no Conselho de Ética contra o deputado Luiz Argôlo (SDD-BA), suspeito de envolvimento com o doleiro Alberto Youssef. Se aberto o processo, Argôlo pode ser punido com advertências, suspensão do mandato ou cassação.
Segundo a Polícia Federal, Luiz Argôlo é suspeito de manter negociações com o doleiro que teriam girado em torno de R$ 200 mil. Reportagem publicada ontem pelo jornal Folha de S.Paulo afirma que Youssef teria pagado dois caminhões com bezerros para o deputado. Em conversa gravada pela PF, Argôlo informa a conta bancária de um dos intermediários. saiba mais Labogen importava joias e bebidas no lugar de remédios Suspeitos sabiam de Lava Jato, afirma PF Conselho de Ética da Câmara dá aval ao processo de cassação de Vargas Pressionado, André Vargas anuncia desfiliação do PT Padilha indicou executivo para laboratório, suspeita PF Leia mais sobre Operação Lava Jato
Na representação, o Psol solicita que prestem depoimento o deputado Luiz Argôlo, o chefe de gabinete Vanilton Bezerra, além do comerciante Júlio Filho e o representante legal da empresa União Brasil Transporte e Serviços, que teriam intermediado o negócio.
Pivô da crise
Alberto Youssef é o pivô da crise envolvendo o deputado André Vargas (sem partido-PR), que deixou o PT e a vice-presidência da Câmara após denúncias de ligação com o doleiro. Vargas assumiu ter viajado em um jatinho pago por Youssef e é investigado pelo Conselho de Ética.
A revista Veja já havia revelado mensagens entre um interlocutor com as iniciais de Luiz Argôlo e o doleiro. Nelas, os dois combinavam pagamentos no endereço do apartamento funcional do congressista. No último dia 26, o site da revista Época revelou trocas de mensagens românticas entre os dois, interceptadas pela PF.