
O clima no Atlético-MG não anda nada bem. Um dia após a derrota por 2 a 0 para o Internacional, em Porto Alegre, a delegação desembarcou em Belo Horizonte com cara de poucos amigos. E ainda tiveram que ouvir reclamações de torcedores que passavam pelo saguão do Aeroporto de Confins.
Bastou o atacante Robinho aparecer na porta da sala de desembarque para que os gritos de "pipoqueiro" e "vamos jogar bola" pudessem ser ouvidos com clareza. Apesar de não ter aparecido nenhum torcedor uniformizado, alguns faziam questão de parar atrás dos jogadores que concediam entrevistas para cobrar melhor futebol.
Robinho foi o mais cobrado, mas parou para atender os jornalistas e se mostrou tranquilo com relação às cobranças.
- Eu estou acostumado com isso. Time grande é assim. Eu sou experiente e acostumado a isso, mas os mais jovens sentem. Acho que a torcida tem é que nos apoiar nesse momento. Tenho certeza que a fase boa vai chegar.
O atacante Fred tentou responder a alguns jornalistas, mas logo se dirigiu ao ônibus do clube. Numa das respostas, limitou-se a dizer que a vitória precisa vir o quanto antes.
- Temos que pensar nos três pontos domingo. Nem que seja de meio a zero, para não nos distanciarmos muito na tabela - o time encara a Ponte Preta, domingo, às 11h (de Brasília), no Independência.
Perguntado sobre o clima no elenco, o camisa 99 se esquivou e preferiu se dirigir rapidamente para o ônibus. O goleiro Victor, visivelmente abatido, também se dirigiu rapidamente para fora do saguão, onde era tietado por alguns torcedores que queriam tirar fotos.
Com apenas sete pontos em oito jogos, o Atlético-MG é o 18º colocado do Campeonato Brasileiro.