Depois de quase quatro anos nenhum suspeito da morte de Ruan Pedreira, durante uma festa de comemoração da Copa do Mundo de 2014, em Teresina, foi preso. A família questiona o andamento do inquérito que já esteve nas mãos de quatro delegados, em duas delegacias diferentes e sem resposta. A delegacia geral, por sua vez, informou que o poder Judiciário está com o inquérito que apura a morte do jovem.
De acordo com Jaqueline Nobre, prima de Ruan Pedeira, a partir da exumação do corpo o caso está paralisado. “O caso parou desde quando um ano após a morte do Ruan teve a exumação do corpo. Eu sei que o Ruan não volta mais, mas os pais do Ruan vivem sobre efeito de medicamentos e fazendo terapias para se manter de pé”, comentou.
Em quase quatro anos a investigação passou por quatro delegados, duas delegacias diferentes e hoje a polícia não presta informações a respeito do inquérito não concluído. “A gente precisa acreditar que a gente pode confiar que aqui na terra a gente pode ter justiça”, lamentou a prima do jovem assassinado.
Em resposta a delegacia geral afirmou que a Justiça está com o inquérito e quando o material voltar para a delegacia ele será finalizado.
Phillip Guerra foi morto em fevereiro de 2014 (Foto: Reprodução/Tv Clube)
Acusado trocou de lugar com irmão e continua foragido
Robson Guerra, pai de Phillip Guerra, lamentou que o homem acusado do homicídio tenha fugido duas vezes da Casa de Custódia e esteja desaparecido há 11 meses. "Ele trocou com o próprio irmão gêmeo e saiu pela porta da frente como se nada tivesse acontecido e permanece em liberdade", relatou o pai do menino morto. O adolescente que participou do crime cumpriu medida socioeducativa por 3 anos.
O pai do menino reclamou também da morosidade do Judiciário quanto ao caso. “O julgamento só houve uma audiência até agora e de lá para cá não sei o que aconteceu. Até mesmo a justiça, pela sua morosidade e falta de comunicação, tem informações para nós muito sigilosas”, relatou Robson Guerra sobre a morte do filho ocorrida, em 2014.
O Tribunal de Justiça informou que o acusado está foragido e que tão logo ele seja preso novamente o processo volta a tramitar.
Delegado Willame Moraes, coordenador do Greco (Foto: Júnior Feitosa/G1 PI)
Assaltantes de banco foram soltos e presos novamente
Willame Moraes, coordenador do Grupo de Repressão ao Crime Organizado (Greco) lamentou que três assaltantes de banco presos em 2015 e tenham sido soltos neste ano por excesso de prazo, na prática porque não foram julgados. Semana passada o mesmo grupo foi preso novamente por suspeita de assaltos a postos de combustíveis em Teresina.
“Essas pessoas são presas, encaminhadas ao poder Judiciário, com provas muito robustas e essas pessoas, por brechas na lei e muitos outros motivos são colocadas em liberdade, voltando ao delinquir e o grande prejudicado é a sociedade”, comentou o coordenador do Greco, Willame Moraes.
O juiz responsável pela comarca de Campo Maior foi procurado, mas não foi encontrado para se manifestar sobre o julgamento dos assaltantes de banco.