A ativista de extrema direita e bolsonarista Sara Fernanda Giromini, que se autodenomina Sara Winter, foi expulsa nesta terça-feira (2) do DEM. O presidente nacional do partido, ACM Neto, disse a coluna que já assinou o pedido de expulsão sumária e que o ato está formalizado, aguardando apenas encaminhamento para a publicação.
– As atitudes dela são contrárias aos padrões éticos e aos princípios do partido. Ela já está afastada. – disse ACM Neto.
Sara é uma das investigadas no inquérito das "fake news" e pode ser alvo em breve de um pedido de prisão do Ministério Publico por ameaças que fez ao Supremo Tribunla Federal (STF).
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A resolução assinada por ACM Neto à qual a coluna teve acesso afirma que o DEM decidiu aplicar "a medida de disciplinar e expulsão com cancelamento de filicação partidária ante o cometimento de infração de natureza grave". O partido menciona o envolvimento de Sara em "movimentos radicais contra o Estado de Direito e o Regime Democrático".
Como a coluna informou, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, e outros integrantes do DEM defendiam a expulsão de Sara do partido.
Em 2018, Sara Winter desistiu de se filiar ao PSL, à época, o partido de Bolsonaro, para ser candidata à deputada federal do Rio de Janeiro pelo DEM. Os motivos da troca foram um desentendimento com o hoje senador Flávio Bolsonaro, que coordenava as candidaturas do estado do PSL, e as melhores condições oferecidas pelo DEM. Ela recebeu R$ 25 mil do Diretório Nacional da sigla, mas teve pouco mais de 17 mil votos e não se elegeu.