O senador Delcídio do Amaral (PT-MS), líder do governo no Senado, começou a prestar depoimento à Polícia Federal por volta das 15h30 desta quinta-feira (26). Ele foi preso na manhã desta quarta pela Polícia Federal.
Delcídio é interrogado por um delegado do Rio Grande do Sul, que atuou na prisão do senador, além de dois procuradores do Ministério Público Federal (MPF). Também acompanham o depoimento dois advogados do petista.
O senador é investigado no âmbito do Supremo Tribunal Federal por supostamente ter tentado atrapalhar as investigações da Operação Lava Jato, motivo pelo qual foi preso.
Segundo a Procuradoria Geral da República, Delcídio ofereceu R$ 50 mil mensais à família de Nestor Cerveró para tentar convencer o ex-diretor da área internacional da Petrobras a não fechar um acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal (MPF).
De acordo com a Polícia Federal, Delcídio passou a noite em uma sala administrativa do órgão, que geralmente é utilizada por servidores de plantão, e não possui cama nem banheiro. A PF improvisou um colchão de solteiro para o petista dormir.
Segundo a assessoria de imprensa da PF, o senador não recebeu visitas pessoais e está sendo assistido apenas pelos advogados. Ele está recebendo a mesma alimentação que é oferecida aos demais presos da carceragem de passagem da Superintendência da Polícia Federal, onde está preso o chefe de gabinete do senador, Diogo Ferreira.
Conforme a PF, tanto Delcídio quanto o chefe de gabinete do parlamentar não têm acesso a celular, televisão e internet.