Defensor público de união acusado de cobrar propina é inocentado e permanece no casoO defensor público Adriano Moretti, preso em fevereiro deste ano suspeito de cobrar propina para atender a população da cidade de União, foi inocentado administrativamente e vai permanecer no cargo. A decisão sobre o processo administrativo foi publicada no Diário Oficial.
O governo do estado compreendeu que não havia provas para culpar o defensor, mesmo a defensoria concluindo que ele deveria ser exonerado do cargo e a polícia tê-lo indiciado.
Adriano Moretti recebeu como pena, o afastamento de 60 dias, sem direito à remuneração, por não comunicar ao corregedor-geral conduta irregular de uma funcionária, denunciada por diversas testemunhas por realizar as cobranças.
Na justiça, o defensor continua respondendo pelo crime, mas o processo já passou por três desembargadores e todos se declararam impedidos de julgar o caso.
Entenda o caso
Adriano Moretti, defensor público da cidade de União, a 59 Km de Teresina, foi preso suspeito de cobrar da população até R$ 5 mil por processo, de acordo com o delegado Carlos César Camelo. O suspeito foi preso pelos policiais do Grupo de Repressão ao Crime Organizado (Greco). O delegado geral da Polícia Civil, Riedel Batista, confirmou que o suspeito estaria cobrando para defender populares na Defensoria Pública.
O coordenador do Greco afirmou ainda que extratos bancários, documentos e os depoimentos das vítimas são consideradas provas concretas contra o suspeito. "A prisão preventiva foi decretada com um segundo inquérito policial contra o suspeito. Além das duas vítimas lesadas no ano passado, chegou ao conhecimento da Polícia uma terceira vítima. Para cada solicitação de entrada em ações pela defensoria pública ele cobrava uma quantia em dinheiro no valor de até R$ 5 mil. O que é considerado crime de corrupção, por cobrar propina por um serviço público", finalizou.