Aos 44 anos, 30 deles na frente da telinha, Angélica está tendo a oportunidade de tirar alguns meses de descanso pela primeira vez. A apresentadora tem aproveitado a nova rotina desde o fim do Estrelas, em abril, ao lado do marido, Luciano Huck, e dos filhos, Eva, Benício e Joaquim.
Apesar de assumir que não leva jeito para o cuidado com o lar, a apresentadora admitiu gostar da nova fase. “Gosto. Eu acho que é porque eu nunca tive rotina [de casa]. Mas não sou boa dona de casa. Isso eu descobri. Não é bom, é meio chato. Eu acho que tem que ter talento para ser uma boa dona de casa, eu não tenho. Coordenar uma casa é um trabalho muito difícil, é muito mais difícil do que o que eu fazia. É uma profissão ser ‘do lar’. Faço meu melhor, mas não sou boa nisso”, contou ela durante o evento beneficente Loja Vazia, promovido por Bruno Astuto e o Caderno Ela/O Globo, no Barra Shopping, no Rio de Janeiro.
Como começou a trabalhar aos 15 anos e nunca teve um período grande sem encarar as telinhas, Angélica disse que estranhou um pouco no início, mas garantiu não estar parada e que em 2019 terá novidades.
“Os dois primeiros meses foram estranhos, mas a gente não pára. Quando se tem três filhos também, quando se tem uma carreira de tanto tempo, acaba que sempre tem uma coisa ou outra para fazer. Claro que está gostoso, não está ruim, está bom. Está bom inclusive para começar uma nova fase, uma nova etapa. Acho que faz parte dar uma zerada para começar uma coisa nova. Existe uma ansiedade dos fãs, e claro que minha também, mas a minha estou sabendo controlar. Estamos conversando, temos sim reuniões semanais sobre programa novo. Vem uma coisa muito legal por aí, mas também não posso adiantar nada, porque afinal não tem nada aprovado ainda. Mas ano que vem estaremos de volta, sim”, garantiu.
No evento, a apresentadora ainda frisou a importância dos trabalhos sociais e como o programa Estrelas contribuiu para que ela seguisse com alguns projetos.
“Eu acho que a gente, na verdade, quando é picado pelo bichinho da solidariedade, não consegue ficar longe disso. É muito gostoso poder se doar ao próximo, poder estar conectado ao outro. O Estrelas alimentou este meu desejo”, contou, explicando que ela já tinha o costume de fazer limpeza de objetos não utilizados em casa e deixá-los pra doação.
“Achei a ideia genial, porque é uma prática que a gente, em casa, a gente quando tem filho, faz. A gente pega os brinquedos que não usa mais, doa para quem você conhece, ou para instituições. Sempre fizemos isso. E aí, quando o Bruno [Chateaubriand] me falou, achei muito legal, porque é a ideia potencializada. Produzida. Fiquei muito feliz de poder chamar o público que me assiste nas redes sociais para, de algum jeito, ajudar também”, disse.
Questionada sobre projetos voltados para o meio ambiente, Angélica ainda disse que é imprescindível que as pessoas tenham a preocupação em agir corretamente para um mundo melhor.
“Temos que ter [preocupação ambiental]. Acho que fingir que não está vendo o que está acontecendo, não é a solução. O futuro são eles, são as crianças. Nós não fomos acostumados, não tivemos isso quando éramos crianças, e a coisa está cada vez pior. Então, eu procuro mostrar para eles [seus filhos].”, explicou.
Angélica, como defensora do meio ambiente, também revelou que faz a sua parte pelo menos dentro de casa: “A história do canudo, por exemplo, foi abolida há muito tempo, essa coisa de sacos plásticos, e tal. A gente não tem essa cultura no Brasil. Se você chegar em qualquer outro país e falar isso, é normal. Aqui ainda não tem isso, você vira o ‘ecochato’, do tipo: ‘tantas outras coisas para vermos e você vai ficar falando de ecologia?’, as pessoas ficam um pouco irritadas. E eu entendo, porque realmente temos coisas piores acontecendo, como, a violência, a educação, mas isso não invalida este lado. Se a gente puder, em casa, fazer um pouquinho, mostrar um pouco aos nossos filhos como é, como seria o certo, seria o ideal. Acho que não custa”, finalizou.