Crescem temores de interven��o russa na Ucr�nia

Publicada em 09 de Agosto de 2014 �s 08h21

Militares ucranianos perto de tanque de guerra com a bandeira do país em Donetsk. Kiev e as pot�ncias ocidentais manifestaram nesta sexta-feira seus temores quanto a uma poss�vel interven��o militar russa sob o pretexto de uma miss�o humanit�ria no leste da Ucr�nia, onde Donetsk, em poder dos separatistas, sofre intensos bombardeios. Imagem: Genya Savilov/AFPClique para ampliarMilitares ucranianos perto de tanque de guerra com a bandeira do pa�s em Donetsk. Durante uma reuni�o de emerg�ncia na ONU sobre a Ucr�nia, o representante ucraniano Olexandre Pavlitshenko disse ter "raz�es que levam a crer em uma interven��o russa sob pretexto de uma miss�o de manuten��o de paz". Ele citou o aumento da presen�a militar russa na fronteira, que passou de 12.000 para 20.000 homens em tr�s semanas, o sobrevoo de avi�es n�o-tripulados russos e disparos contra as tropas ucranianas a partir da R�ssia. Quinze integrantes das for�as ucranianas foram mortos em combates no leste do pa�s nas �ltimas 24 horas, principalmente perto da fronteira com a R�ssia. As v�timas s�o sete soldados e oito guardas de fronteira de uma brigada que precisou bater em retirada ap�s tr�s dias de combates. Neste contexto, a embaixadora americana nas Na��es Unidas, Samantha Power, acusou a R�ssia de querer aproveitar a grave situa��o humanit�ria no leste da Ucr�nia para intervir ainda mais nesta regi�o. O agravamento das condi��es de vida dos civis em torno de Donetsk e Lugansk "deve ser abordado, mas n�o pelos que criaram esta situa��o", afirmou, atribuindo a responsabilidade a Moscou. "Falar de manuten��o de paz na Ucr�nia pelos russos � uma contradi��o em si mesmo", denunciou. A R�ssia prop�s uma miss�o humanit�ria ou a cria��o de corredores humanit�rios para ajudar a popula��o do leste da Ucr�nia. Nas frentes de batalha, os combates ganharam intensidade nesta sexta-feira em Donetsk e jornalistas da AFP ouviram fortes explos�es. O Ex�rcito ucraniano bombardeou pela primeira vez na quinta-feira o centro da cidade, a principal nas m�os dos separatistas, onde um morteiro atingiu um hospital, deixando um morto e dois feridos. Enquanto isso, Kiev perdeu duas aeronaves. Um helic�ptero teve que fazer um pouso de emerg�ncia ap�s ser alvejado por rebeldes, e um ca�a foi abatido na periferia da cidade de Zhdanivka, perto do local onde o avi�o da Malaysia Airlines caiu ap�s ser atingido por um m�ssil em 17 de julho. Guerra comercial Enquanto o Ex�rcito ucraniano procura libertar as cidades controladas pelos insurgentes pr�-russos, Kiev anunciou nesta sexta-feira novas san��es contra a R�ssia. Os russos optaram na quinta-feira por responder �s san��es impostas pelos Estados Unidos e pela Uni�o Europeia ap�s o incidente com o avi�o da Malaysia Airlines. O primeiro-ministro ucraniano, Arseni Yatseniuk, anunciou san��es de seu pa�s contra 172 pessoas e 65 empresas, principalmente russas, acusando-as de terem apoiado a anexa��o da Crimeia ou de terem financiado a rebeli�o pr�-russa no leste da Ucr�nia. Yatseniuk n�o revelou a lista das pessoas e empresas punidas. Ela dever� ser aprovada pelo Conselho de Seguran�a e Defesa e adotada pelo Parlamento na ter�a-feira. Entre as poss�veis san��es, est�o a proibi��o de entrar no pa�s e o congelamento de ativos. O presidente tamb�m mencionou a possibilidade de proibi��o da entrada de recursos naturais, no momento em que cerca da metade do g�s consumido na Uni�o Europeia passa por territ�rio russo. Al�m disso, a Austr�lia anunciou nesta sexta o refor�o em breve de suas san��es contra Moscou. "Sejamos claros, a R�ssia � o perseguidor (...) um grande pa�s que tenta perseguir um pequeno pa�s", declarou o premi� australiano, Tony Abbott. Na quinta-feira, a R�ssia havia proibido durante um ano a importa��o de produtos agroalimentares europeus e americanos em resposta �s san��es decretadas por Estados Unidos e UE contra Moscou, a quem consideram respons�vel pela crise na Ucr�nia. R�ssia "� beira do abismo" Em visita a Kiev, o secret�rio-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen, disse na quinta-feira que est� disposto a refor�ar sua ajuda � Ucr�nia diante da agress�o da R�ssia. Para ele, o apoio aos separatistas ganhou "em intensidade e sofistica��o". "Fa�o um apelo � R�ssia para que se retire da beira do abismo, para que se retire da fronteira. N�o utilizem a manuten��o da paz como um pretexto para a guerra", declarou Rasmussen em uma coletiva de imprensa. A Otan alertou nos �ltimos dias para a crescente presen�a militar da R�ssia na fronteira com a Ucr�nia. A Alian�a Atl�ntica teme que Moscou intervenha sob pretexto de uma a��o humanit�ria e pede medidas urgentes para ajudar a popula��o civil no leste.

� Siga-nos no Twitter

Tags:

Fonte: Vooz �|� Publicado por:

Comente atrav�s do Facebook

Mat�rias Relacionadas