O Centro Municipal de Educação Infantil (Cmei) Joffre do Rêgo Castelo Branco, localizado no bairro Marquês, Zona Norte de Teresina, foi arrombado pela 11ª vez nos últimos seis meses durante a madrugada de segunda-feira (26), três dias depois do último arrombamento. A sala da diretoria da creche foi revirada e o monitor que exibia as imagens das câmeras de segurança do local foi roubado. Segundo a Semec, foram registrados mais de 500 arrombamentos em escolas municipais entre 2015 e 2018.
As invasões são tão recorrentes que alguns pais de alunos pensam em tirar seus filhos da creche. "A gente não está aguentando mais”, lamentou Paulo Roberto Pereira, pai de um menino de 4 anos. “As crianças não querem mais ir para a escola. Quando deixo meu filho lá, ele me pergunta: ‘papai, será que o ladrão está aí?’”, relatou Paulo Roberto, que afirmou que avalia procurar outra creche para matricular o filho.
O arrombamento foi descoberto na manhã de hoje pelos funcionários da escola. A diretora do Cmei Joffre do Rêgo, a professora Maria Izabel Oliveira, conta que a creche foi invadida pelo teto da diretoria, da mesma forma que aconteceu na sexta-feira (23). O forro e as telhas danificadas durante a última invasão tinham sido consertados.
Segundo a diretora, o monitor que exibia as imagens das câmeras segurança foi roubado, além de objetos de menor valor, como lâmpadas e calculadoras. A diretora disse ainda que os equipamentos de maior valor, como câmeras, data show e notebook, foram guardados fora da escola por receio de que a creche fosse invadida novamente.
A diretora explica ainda que como o arrombamento ocorreu apenas na diretoria, as aulas na creche Joffre do Rêgo Castelo Branco continuam acontecendo normalmente. Entretanto, a série de arrombamentos tem deixado até mesmo a diretora da creche cansada. “A gente tenta ser forte, mas é muito desgastante. Estou agilizando o processo da minha aposentadoria por conta dessas coisas. A gente se abala, eu me sinto enxugando gelo”, lamentou Maria Izabel.
A Semec (Secretária Municipal de Educação e Cultura) afirmou que já foram registrados mais de 500 arrombamentos em escolas municipais entre 2015 e 2018 e que o problema é questão de segurança pública.