Duas crateras abertas desde fevereiro do ano passado no meio da PI-459 têm causado acidentes – um deles com morte – na rodovia que é a principal ligação entre as cidades de Betânia e Pauslitana, no Sul do Piauí.
No sábado (7), um motociclista morreu ao passar pelo local. Gildevan José de Sousa, de 33 anos, não percebeu o desvio e acabou caindo na cratera. Segundo moradores da região, mesmo após a morte, a sinalização na estrada continua precária. Eles afirmam que quem não conhece o trecho pode facilmente ser engolido pelo buraco, que dividiu a pista.
A primeira cratera fica na altura da comunidade Aroeira, no município de Paulistana mais precisamente no km 37. O segundo trecho com problema e considerado o mais perigoso está próximo à localidade Laranjo em Betânia.
As crateras se abriram após o transbordamento de um riacho. Somente no ano passado, a rodovia se rompeu três vezes. Neste ano, houve um rompimento em janeiro e, desde então, nenhum reparo foi feito.
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O prefeito de Betânia, José Evangelista, disse que foi elaborado um plano de emergência com a Secretaria Nacional da Defesa Civil (Sedet) solicitando a liberação de recursos para resolver o problema.
Já o Departamento de Estradas de Rodagem do Piauí (DER) falou que uma equipe de engenheiros, projetistas e construtores está concluindo um levantando para determinar quais reparos devem ser feitos com maior urgência na PI-459.
Acidentes
O motorista Ademir Moura da Silva, que passa pelo local quase diariamente, conta que se não houver uma solução imediata, mais acidentes podem acontecer.
"Qualquer um que não conheça o trecho pode cair ali. Fizeram um desvio e sinalizaram de forma precária, apenas com pedaços de pau no meio da pista. Só depois que o menino [motociclista] morreu colocaram uma placa", afirma Silva, que mora na região.
Segundo ele, a rodovia possui quatro trechos danificados, mas em um deles a situação é mais crítica. "Tem outros locais onde a pista rompeu também, mas um está plenamente interrompido, pois a cratera é muito grande", disse.
Pontes
O diretor do DER, José Dias, afirmou que os rompimentos da rodovia ocorreram porque "a pista não suportar a vazão da água das chuvas".
"Ainda em fevereiro fomos pessoalmente ao local saber a dimensão do problema e no início deste mês voltamos lá e constatamos que dentre as obras necessárias, está prevista a construção de duas pontes em locais distintos", explicou Dias.
Segundo ele, a previsão é de que as obras no trecho sejam autorizadas pelo governador Wellington Dias no mês de abril.
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