A Petrobras cortou pela metade o fornecimento de petróleo para Teresina, um dos componentes essenciais para a produção de asfalto na capital e com isso, as obras de recapeamento asfáltico podem ficar comprometidas. Com o corte, a capacidade de produção da Usina de Asfalto de Teresina que era de 500 mil toneladas por dia, passou a diminuir gradativamente: em maio de 2014 a produção foi de nove mil toneladas, caindo para seis mil em agosto e 4,5 mil toneladas de asfalto em dezembro do ano passado. Em Teresina, de janeiro de 2013 até agora, foram asfaltados cerca de um milhão de metros quadrados.
Segundo a gerente de produção da Usina de Asfalto, Graciane Tavares, a rotina de trabalho diminui porque a Petrobras cortou pela metade o fornecimento do cimento asfáltico, um dos componentes que faz a união dos outros produtos que compõem o asfalto, que são a areia, brita e o pó da brita.
“A gente teve o problema no fornecimento do material. Cortaram o nosso fornecimento pela metade daquilo que estávamos recebendo nos meses anteriores. Eles nos alegaram que estavam com dificuldade no recebimento desse material através dos navios. Então, chegando pouco para eles, tiveram que limitar a distribuição desse material”, disse.
A Petrobrás foi a empresa que ganhou a licitação feita pela Prefeitura de Teresina realizada ainda no final do ano de 2013. No contrato, foi acordado que a empresa ganharia o valor de R$ 1.400 por tonelada de asfalto produzido.
Enquanto o fornecimento não volta ao normal e as obras não sejam retomadas, a população reclama com os buracos nas ruas. O médico veterinário Paulo Marques disse que “é um grande prejuízo que acontece no nosso deslocamento. O trânsito se torna mais lento então é preciso que a Prefeitura comece e termine o serviço”. Já o técnico em informática Hélio Clévis falou que os buracos “complicam um pouco e corre até o risco de você perder o controle do carro devido a depressão do asfalto”.
Segundo a Petrobras o contrato com a Prefeitura de Teresina ainda está em vigor e a distribuição de asfalto está suspensa por conta de uma renovação de empenho orçamentário por parte da Prefeitura. A Petrobras disse ainda que assim que o empenho for feito o fornecimento será regularizado.
Já a Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Semduh) disse que as informações são referentes aos meses entre setembro e dezembro de 2014, período em que a Petrobras trabalhou em regime de cotas, reduzindo o fornecimento aos seus clientes em pelo menos 50%. A Semduh disse ainda que a Petrobras se refere ao problema do mês de janeiro deste ano, cuja situação já está sendo resolvida pelo núcleo financeiro da Prefeitura com a renovação dos processos orçamentários.