Publicada em 28 de Janeiro de 2013 �s 17h26
Depois da tragédia que matou 231 pessoas na cidade de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, o mundo se voltou para assuntos relacionados à segurança de locais e a proteção contra incêndios em boates, casas de shows ou qualquer tipo de edificação onde há aglomeração de pessoas. A tragédia também alertou Corpo de Bombeiros do Piauí que acompanharam o desfecho da ação na boate gaúcha e se solidarizaram com os colegas de profissão na busca por pessoas com vida.
No Piauí, desde o ano passado, o Corpo de Bombeiros intensificou a vistoria nesses tipos de estabelecimentos. Segundo o comandante da corporação, coronel Manoel Santos, é realizado rotineiramente um trabalho criterioso no local que só é liberado depois de cumprir uma série de exigências. “Estamos diariamente fazendo vistorias nessas casas de entretenimento e de lazer. Aquelas que não cumprem ou estão fora do padrão de exigência são fechadas e proibidas de realizar qualquer evento, como trabalhamos com vidas, não tem outro caminho se não exigir uma série de obrigações para quem trabalha neste ramo onde há grande concentração de pessoas”, afirma.
“Em casos semelhantes ao de Santa Rosa, tudo acontece muito rápido. A pessoa respira a fumaça tóxica e em poucos minutos pode chegar ao óbito. Os bombeiros tem que trabalhar da maneira mais rápida possível pensando em salvar o maior número de vidas”, compara o coronel.
O comandante do Corpo de Bombeiros do Piauí lembra ainda que qualquer tipo de edificação para funcionar tem que passar por uma vistoria criteriosa prevista na Lei Estadual N°5483 que trata sobre o Código de Segurança Contra Incêndio e Pânico do Estado e dá competência à corporação de realizar serviços de prevenção e extinção de incêndios. “Exigimos o cumprimento integral dos dispositivos desta lei, essa regulamentação protege, fiscaliza e disciplina a segurança das pessoas e de seus bens contra incêndio e pânico em todo o Estado”, afirma o militar.
Em 2012, o volume de investimentos no Corpo de Bombeiros foi recorde, foram destinados recursos de R$ 919 mil, envolvendo a aquisição de equipamentos de proteção individual, uniformes de instrução, viaturas de resgate, quadriciclos e desencarceradores.