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Corpo da cantora Marlene é velado no Teatro João Caetano, Centro do Rio

Publicada em 14 de Junho de 2014 �s 10h25


A cantora Marlene morreu em decorrência de uma pneumonia.  A cantora Marlene morreu em decorrência de uma pneumonia.  O corpo da cantora Marlene começou a ser velado no Teatro João Caetano, na Praça Tiradentes, Centro do Rio, por volta das 8h deste sábado (14). A artista, que foi a grande estrela da era do rádio no Brasil, tinha 91 anos e morreu na tarde de sexta-feira. A cerimônia foi restrita para familiares até 9h, quando os portões do teatro foram abertos para os fãs. Às 15h30, o corpo vai ser levado para o Memorial do Carmo, no Caju, na Zona Portuária do Rio, onde será cremado. Imagem: DivulgaçãoClique para ampliarA cantora Marlene morreu em decorrência de uma pneumonia.  De acordo com o músico e compositor Hermínio Bello de Carvalho, Marlene foi hospitalizada há pelo menos três dias e estava internada na Casa de Portugal, no Rio Comprido, Zona Norte. Ela morreu de falência múltipla dos órgãos. O sobrinho da cantora, Darcio Miranda, informou ao portal G1 que ela foi hospitalizada com hemorragia nasal no domingo (8), mas o quadro evoluiu para uma pneumonia. O filho de Marlene, Sérgio Bonaiuti, disse que as cinzas da mãe deverão ser jogadas na Baia de Guanabara, conforme o pedido dela. "Ela foi a grande estrela do Brasil e vai continuar sendo", disse Sérgio Bonaiuti. Fãs se despedem da cantora Dalva Darc Lopes da Silva, que acompanha a carreira de Marlene há mais de 50 anos, veio de Nova Iguaçu, Baixada Fluminense, para se despedir da cantora, usando uma camisa em homenagem. "O desenho da camisa foi uma homenagem aos 90 anos dela, os 70 de carreira. É o símbolo das Forças Armadas, já que ela era musa deles, e uma coroa para simbolizar a rainha que ela foi para a cultura brasileira", explicou Dalva. Dalva contou ao portal G1 que conseguiu se aproximar da artista, tornando-se amiga próxima com o passar dos anos. "Já nos vimos pessoalmente. Tenho muitos discos e cartazes dela, eu era e ainda sou uma grande fã. Já conversamos por telefone varias vezes", contou. O cantor de MPB Marcos Sacramento disse que teve a oportunidade de dividir o palco com a cantora. "Eu estava no começo da minha carreira, em 1986. Fiquei amedrontado na hora, já que ela era uma veterana e tinha muita segurança no palco. Ela sabia do próprio talento e não precisava pisar em ninguém para brilhar", comentou. Biografia Diana Aragão, autora da biografia sobre Marlene, também lamentou sua morte."Eu fico tristíssima com tudo isso. Marlene foi tema de musical e tem um apelo muito forte. Quando comecei o livro, ela ainda estava muito bem. Ela ficou doente mais ou menos na mesma época da minha mãe, no ano passado. É uma pena", disse a autora da biografia "Marlene - A incomparável". O jornalista Artur Xexéo falou sobre a cantora. “Ela foi pioneira. Figura forte dos anos 50. A Marlene já era assim. Ela levava o que sabia como atriz para a interpretação dela na música", disse. Tendo gravado mais de quatro mil canções em sua carreira, Marlene foi um dos maiores mitos do rádio brasileiro em sua época de ouro. Sua popularidade nacional também resultou em convites para o cinema e para o teatro. Suas atividades internacionais incluíram turnês por Uruguai, Argentina, Estados Unidos e França. Também compositora, teve seu samba-canção "A grande verdade" (parceria com Luís Bittencourt) gravado por Dalva de Oliveira, em 1951. Rivalidade De acordo com Hermínio Bello de Carvalho, Marlene e a cantora Emilinha Borba trabalhavam na Rádio Nacional e eram concorrentes. Uma empresa decidiu bancar Marlene e a rivalidade entre as duas foi acirrada. A rivalidade afetou também a amizade com a atriz, cantora e acordeonista Adelaide Chiozzo. “Eu gostava muito dela como artista. Mas infelizmente ela dizia que eu tinha a cara escarrada da Emilinha. Ela tinha ódio da Emilinha. Eu fiquei triste. Ela dizia que não queria amizade comigo, tentei me aproximar, mas ela não quis”, disse a também cantora da era do rádio, Adelaide Chiozzo. Na televisão Marlene participou de novelas como "Chiquinha Gonzaga" (1999), "Viver a vida" (1984), "O amor é nosso .... Mayra" (1981), "Bandeira 2" (1971). Também foi convidada para uma participação especial na telenovela "Helena" (Rede Manchete, 1987), mas o trabalho acabou não se concretizando. No cinema Participou de filmes como "Profissão mulher" (1982), "A volta do filho pródigo" (1978), "Balança, mas não cai" (1953), "Pif-Paf .... Maria" (1945) e "Corações sem piloto" (1944).

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Fonte: Vooz �|� Publicado por:
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