Corintianos presos na Bol�via correm risco de morte

Publicada em 27 de Março de 2013 �s 15h33

Imagem: Reprodu��oClique para ampliar Os 12 torcedores corintianos presos na penitenci�ria San Pedro, em Oruro, na Bol�via, n�o foram torturados, mas correm risco de atos de viol�ncia dos presos bolivianos. Al�m disso, a quest�o virou um problema diplom�tico entre Brasil e Bol�via. Essas foram as principais conclus�es tiradas por integrantes da Comiss�o de Rela��es Exteriores do Senado e diplomatas brasileiros que foram at� o interior da Bol�via, nesta ter�a-feira, para avaliar a situa��o dos corintianos que est�o presos desde o dia 21 de fevereiro, acusados de envolvimento na morte do torcedor Kevin Espada, atingido por um sinalizador na partida entre San Jose e Corinthians, pela Libertadores. J� s�o 34 dias de c�rcere. "Conversei com cada um dos 12 presos abertamente, de maneira objetiva, e eles disseram que n�o houve tortura. O problema � eles t�m medo de se misturarem com os outros presos, estupradores, assassinos e traficantes", afirmou o senador Ricardo Ferra�o (PMDB-ES), presidente da comiss�o, que esteve em Oruro. "O governo brasileiro precisa subir o tom e encarar essa quest�o como um problema diplom�tico. Caso contr�rio, eles v�o ficar aqui (Oruro) para sempre", disse o parlamentar. A pr�xima provid�ncia da comiss�o, em conjunto com a Embaixada do Brasil em La Paz, ser� agendar uma reuni�o com o ministro da Justi�a, Jos� Eduardo Cardozo, ainda nesta semana para decidir as medidas que o governo brasileiro pode tomar para agilizar o andamento do processo. Desse encontro deve participar tamb�m o presidente do Corinthians, Mario Gobbi. A assessoria do clube confirmou que, no pr�ximo dia 2, Gobbi se reunir� com Ant�nio Patriota, ministro das Rela��es Exteriores. Hoje, os 12 corintianos est�o separados dos demais presos. Eles est�o divididos em duas celas de uma ala reservada com outros 40 detentos. O maior problema s�o as condi��es de higiene. A ala possui um �nico banheiro, sem chuveiro e privada (h� apenas um buraco no ch�o). De fora da cadeia, os brasileiros recebem comida e �gua com frequ�ncia e t�m aparelhos de som. Por causa do uso de celulares, seis deles foram punidos no in�cio do m�s e passaram tr�s dias no calabou�o - celas apertadas, sem banheiro e ilumina��o. Voltar ao calabou�o, inclusive, � o maior temor dos corintianos. "Tem preso boliviano que usa droga na cadeia. Meu sobrinho me disse que se eles sa�rem da ala reservada e ficarem misturados, esse pessoal pode querer roubar as coisas deles, arrumar confus�o. Se os brasileiros revidarem, v�o para o calabou�o", contou Marisa, tia de Hugo Nonato, um dos 12 presos. DEFESA - A fim de tentar agilizar o processo, os familiares dos torcedores decidiram contratar um escrit�rio especializado em direito internacional e a advogada Maristela Basso assumiu o caso. O grupo tomou a iniciativa porque desde que o pedido de liberdade condicional foi negado, no �ltimo dia 12, os avan�os na defesa n�o foram significativos. Parte do problema � a burocracia. O Minist�rio P�blico de S�o Paulo atendeu �s solicita��es da Justi�a boliviana e encaminhou as fichas de antecedentes criminais dos torcedores presos e uma c�pia do v�deo da entrevista que identifica o autor do disparo - um jovem de 17 anos, s�cio da Gavi�es da Fiel, confessou o crime ao Fant�stico, da Rede Globo, e se apresentou � Justi�a. "S� estamos esperando as autoridades bolivianas assinarem os documentos. Trata-se de uma etapa burocr�tica, mas que concretiza o acordo de coopera��o entre os dois pa�ses", disse Thales C�zar de Oliveira, promotor respons�vel pelo caso. A Justi�a brasileira tamb�m aguarda uma c�pia do processo boliviano. "N�o temos nenhuma prova aqui", argumentou Thales.

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Fonte: Vooz �|� Publicado por:

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