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Os dois jogos da Copa do Mundo nesta segunda-feira (30) têm disputa entre favoritos europeus e "zebras" africanas. Válidos pelas oitavas-de-final, os confrontos são França x Nigéria, às 13h, em Brasília; e Alemanha x Argélia, às 17h, em Porto Alegre.
Nigéria e Argélia são os únicos "sobreviventes" de seu continente. Na primeira fase, foram eliminadas as seleções de Gana, Camarões e Costa do Marfim. A Nigéria é atual campeã da Copa Africana de Nações, mas vive um momento tenso, com direito a ameaça de "greve" dos atletas por falta de pagamento de premiação. saiba mais Com um a menos, Costa Rica elimina a Grécia nos pênaltis Sob forte calor, Holanda sua, faz dois após 40 min do 2º T e elimina México Fifa informa disponibilidade de mais de 6 mil ingressos Holanda e México jogam para acabar com estigma Julio César pega 2 pênaltis, e Brasil se classifica após sufoco contra o Chile Leia mais sobre Copa 2014
Já França e Alemanha protagonizaram, até aqui, algumas das goleadas mais impressionantes da Copa. Logo na rodada inicial, os alemães atropelaram Cristiano Ronaldo e companhia, impondo 4 x 0 em Portugal. Os franceses, por sua vez, fizeram 5 x 2 na Suíça.
França x Nigéria, às 13h, em Brasília
Antes de a Copa do Mundo começar, a França não estava na lista de principais favoritos para vencer o torneio ou pelo menos chegar às finais. Os mais cotados eram Brasil, Argentina, Alemanha e Holanda. Ou ainda Itália e Inglaterra, que nem da fase de grupos conseguiram avançar.
Mas então os franceses passaram fácil por Honduras (3 x 0) e Suíça (5 x 2). A partir dali, os "Bleus" mostraram que desejam reverter a péssima imagem deixada na Copa de 2010, na África do Sul, quando terminaram no 29º lugar (entre 32 seleções). Ainda falta muito para repetir as bem-sucedidas campanhas de 1998 (1º lugar) e de 2006 (2º lugar). Mas o time está bem. Liderado por Benzema, o ataque é o ponto forte: na primeira fase, nenhuma outra seleção finalizou mais que a França, que tem média de 20,7 por jogo.
Uma preocupação dos franceses é o horário do confronto com os nigerianos, que alterou o cardápio dos atletas e os faz temerem o calor. "Já nos informaram que vamos comer macarrão logo cedo", afirmou o lateral Sagna em entrevista coletiva. O volante Schneiderlin falou sobre as altas temperaturas: "Mas não podemos deixar que isso atrapalhe a nossa mente. Temos que estar bem psicologicamente para a partida".
Sagna também elogiou a Nigéria: "Para mim é o melhor time africano. São muitos jogadores bons, alguns atuando na Europa. É um time perigoso, que vai ter garra, vai combater". Schneiderlin completou: "Os times africanos estão evoluindo. Conhecemos o impacto físico deles. Nesses últimos anos, eles progrediram na parte tática".
A Nigéria, apesar da recente "crise da greve", aposta no aprendizado com os erros do passado. No caso, com a decepção de 1998. Na Copa da França, o time foi um dos destaques da primeira fase e passou em primeiro no grupo, mas deixou o "sucesso subir à cabeça" (os jogadores até pintaram o cabelo de loiro...). Resultado: tudo foi por água abaixo nas oitavas, com uma goleada por 4 x 1 para a Dinamarca.
Na Copa do Brasil, a atual campeã da África teve desempenho mediano na primeira fase: empate em 0 x 0 com o Irã; vitória de 1 x 0 sobre a Bósnia; e derrota por 3 x 2 para a Argentina.
Demolido em 2010, o Estádio Nacional Mané Garrincha foi reinaugurado em maio de 2013. Aproximadamente 15 mil homens trabalharam na obra da arena, que tem capacidade para 72,8 mil pessoas. O custo total ficou em cerca de R$ 1,4 bilhão. Em 11 de junho de 2012, o operário José Afonço de Oliveira Rodrigues, de 21 anos, morreu em um acidente na construção, ao cair de uma altura de 30 metros. Foi a primeira das oito vítimas em obras de estádios da Copa no Brasil.