Cerca de 300 pessoas, entre manifestantes e servidores, ocuparam nesta sexta-feira (4) a presidência da Agespisa em protesto contra subdelegação da empresa. Segundo Francisco Bezerra, do Sindicato dos Urbanitários do Piauí (Sintepi), a categoria está realizando uma paralisação de 24 horas em represália ao projeto do governo do Piauí.
“Inventaram esse nome de subdelegação, mas na verdade é uma privatização. E o pior é que estão entregando a Agespisa de graça para iniciativa privada. O movimento visa chamar a atenção da população para o que pode acontecer no abastecimento de água e tratamento de esgoto sanitário do Piauí. Esses serviços serão prejudicados se isso for de fato efetivado”, afirmou o sindicalista.
Também presente ao protesto, Dalila Calixto, representante do movimento dos atingidos por barragens, afirmou que veio dar apoio aos servidores e chamar atenção para uma ação que vai atingir todo o estado. “Eles estão tentando empurrar essa privatização goela abaixo. É uma modificação que deveria ser debatida com as pessoas que mais tem interesse no assunto, que é o povo”, afirmou.
O sindicalista Francisco Bezerra afirmou ainda que caso aprovada, centenas de aposentados que ainda estão na ativa trabalhando na Agespisa serão demitidos. “Acreditamos que cerca de 600 vão perder seus postos de trabalho”, disse.
Sobre as críticas e temores dos manifestantes, o secretário de governo do Piauí, Merlong Solano, assegurou que ninguém perderá seus empregos e ainda que a subdelegação vai garantir investimentos no abastecimento do estado. “O projeto só traz benefícios para o Piauí. Ninguém será demitido e a tarifa não será reajustada. A população e os servidores podem ficar tranquilos”, disse.