As alterações nos preços do litro da gasolina estão cada mais frequentes e o constante reajuste no combustível tem trazido muitas reclamações entre os consumidores. Até essa quarta-feira (12), o valor do litro estava entre R$ 4,60 e R$ 4,70.
"Aumentou e foi muito. Tem posto que a gasolina chega a R$ 4,80 ou R$ 4,95. Cada posto tem um preço e ninguém acredita", declarou o taxista Cirino de Sousa.
Desde junho do ano passado, a Petrobras atrelou o preço do combustível ao mercado internacional, o que tem feito o valor da gasolina oscilar diariamente.
"Toda semana, todo dia, toda vez que a gente vai abastecer é um preço novo. A gente às vezes foge do nosso orçamento. Acho que vou comprar uma bicicleta para ficar me alternando", reclamou o agente de crédito Francinaldo de Brito.
Há uma semana a empresa anunciou uma mudança na política de preço do combustível no país, prometendo mais estabilidade antes de aumentar o preço da gasolina. De acordo com o Sindicato de Postos de Combustíveis no Piauí, o prazo de 15 dias estabelecimento pela Petrobras não vem sendo cumprido.
"Não é uma verdade, porque foi anunciado no dia 6 e hoje nós já tivemos reflexos de uma alteração no preço, junto as distribuidoras", comentou Anorcil Andrade, coordenador do Sindicato dos Revendedores de Combustíveis do Piauí.
A especialista explica que os 15 dias seriam o prazo máximo, mas que pode trazer estabilidade. "Deixa um preço fixo para as oscilações internacionais não sejam sentidas de uma forma tão brusca no Brasil, nos preços internos. Então isso é benefíco para contratos para prefixação e segurança quando ao futuro dos preços", analisou a economista Évelly Karine Bezerra.
A Brasilcom, Instituto Brasileiro de Política e Direito do Consumidor, para saber se as variações de preços são abusivos. "O que a gente tem a fazer é impedir que medidas, que gerem mais aumento, sejam feitas. O aumento da gasolina está intimamente relacionado ao do óleo. A expectativa é que aumente mais ainda", explicou a diretora Brasilcon.