Publicada em 19 de Julho de 2015 �s 16h15
O diagnóstico negativo da Previdência Social foi visto pelos secretários e governadores nordestinos como um dos maiores desafios da gestão 2015-2018 durante o IV Encontro de Governadores do Nordeste, que aconteceu em Teresina.
A alteração da legislação vigente a fim de viabilizar a compensação previdenciária e a criação de um modelo de previdência complementar foram algumas das propostas apresentadas ao Ministro da Previdência Social, Carlos Eduardo Galbas, que destacou o trabalho da Comissão de Previdência do Piauí, coordenado pela vice-governadora Margarete Coelho.
Segundo o ministro, a redução do déficit previdenciário e o equilibro das finanças dos estados nordestinos é um grande desafio. Entretanto, Galbas sugeriu aos gestores que realizassem um trabalho a fim de aprimorar os mecanismos de sustentabilidade da previdência social dos estados. Dentre as recomendações, ele indicou como opção as equipes da área da previdência trabalhar de forma coletiva para criarem um projeto para apresentar ao ministério com a situação, caminhos e alternativas.
“A equipe do Piauí coordenada pela vice-governadora esteve conosco, apresentou as propostas e está trabalhando agora numa proposta concreta de alternativas. Sugiro que os demais estados unam-se com o Piauí, busquem trabalhar de forma conjunta e apresentar para o ministério da previdência quais os caminhos para serem solucionados em longo e médio prazo”, disse o ministro, que enfatizou o vanguardismo do Piauí em busca de soluções para viabilizar o equilíbrio financeiro do Estado.
“Poderíamos transformar essa tarefa que esta equipe do governo do estado do Piauí e Ministério da Previdência em uma tarefa coletiva no fórum dos governadores do Nordeste, ou seja, as áreas de previdência social se juntarem à Comissão da Previdência o Piauí e tratarmos isso no conjunto. Tenho absoluta convicção de que essa será uma alternativa para todos os estados. Mas, vocês já saíram à frente buscando a parceria do Ministério. Nós já implementamos essa parceria concretamente e podemos estender para todos os estados”, reforçou.
Para a vice-governadora do Piauí, Margarete Coelho, o IV Encontro dos Governadores do Nordeste foi muito profícuo o trabalho com as equipes de secretários e o encontro com os ministros e governadores. “Foram dois grandes encontros. O primeiro aconteceu com os secretários das pastas estratégicas dos estados, que tratam previdência social, segurança e ciência tecnológica e inovação. A pauta discutida com cada grupo de trabalho foi apresentada aos ministros apontando nossos problemas comuns e quais soluções devemos adotar para ser encaminhadas ao governo federal. Desse encontro saiu primeiro a Carta Teresina, que é uma carta técnica administrativa, onde foram apontados as necessidades e encaminhamentos das três áreas discutidas. Uma carta política de apoio a democracia brasileira também foi resultado desses dois dias de trabalho”, explicou.
“Essa nova postura do Nordeste de agir como fórum coletivo aumenta a força política e como também essa troca de experiência. Percebemos que os diagnósticos são parecidos e vamos buscar soluções coletivas. O trato com o Governo Federal será mais intenso, o olhar será mais forte com o Nordeste, tendo em vista que unidos os nove estados tem mais força”, pontuou Margarete Coelho.