Com o aumento da taxa de positividade dos testes de Covid-19 em 35% no Piauí, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi) informou, nesta quarta-feira (3), que aumentou o número de leitos exclusivos para tratamento da doença no Hospital Natan Portella.
A unidade de saúde, localizada no Centro de Teresina, contava com quatro leitos exclusivos para o tratamento da doença e, agora, passou a contar com seis.
Sobre o aumento da taxa de positividade, o infectologista e membro do Centro de Operações Emergenciais em Saúde Pública do Estado do Piauí (COE) José Noronha informou que isso se deve às festividades do fim do ano.
Segundo o Sesapi, o Piauí está com a doença sob controle, no entanto, o aumento de casos registrados requer orientações de prevenção para evitar que a Covid-19 se propague.
Além das medidas de higiene, o COE ressalta que a vacinação continua sendo a forma mais eficaz de combater a contaminação e o adoecimento da população.
A reunião do conselho, na tarde desta quarta, também discutiu o novo calendário nacional de vacinação do Ministério da Saúde, que passou a valer no dia 1º de janeiro.
Agora, a vacina da Covid-19 passa a ser disponibilizada anualmente para crianças e grupos prioritários. A imunização contra a doença passou a ser incluída no Calendário Nacional de Vacinação.
Crianças de 6 meses a menores de 5 anos e os grupos com maior risco de desenvolver as formas graves da Covid serão priorizados. Veja os grupos prioritários:
idosos;
imunocomprometidos;
gestantes e puérperas;
trabalhadores da saúde;
pessoas com comorbidades;
indígenas, ribeirinhos e quilombolas;
pessoas vivendo em instituições de longa permanência e seus trabalhadores;
pessoas com deficiência permanente;
pessoas privadas de liberdade maiores de 18 anos, adolescentes e jovens cumprindo medidas socioeducativas, funcionários do sistema de privação de liberdade e pessoas em situação de rua.
Conforme a Sesapi, para as crianças, a recomendação é aplicar a primeira dose da vacina aos seis meses, a segunda dose aos sete meses e terceira dose aos nove meses.
No entanto, todas as crianças de seis meses a menores de cinco anos não vacinadas ou com doses em atraso poderão completar o esquema de três doses, seguindo o intervalo recomendado de quatro semanas entre a primeira e a segunda dose e oito semanas entre a segunda e a terceira.
Crianças que já receberam três doses de vacinas contra a Covid-19, nesse momento, não precisam de doses adicionais.
"Para os idosos, imunocomprometidos e gestantes e puérperas a vacina bivalente será aplicada de 6 em 6 meses, os demais grupos prioritários será uma dose de reforço anual", explicou Bárbara Pinheiro, coordenadora de imunização da Sesapi.
O Piauí tem em estoque 30 mil doses de vacinas contra a Covid-19. No próximo dia 10 de janeiro devem chegar mais 40 mil doses das 100 mil solicitadas pela Sesapi ao Ministério da Saúde.
Conforme o secretário de saúde do estado, Antônio Luiz, será solicitado aos hospitais do estado das macrorregiões de Parnaíba, Picos e Floriano, que reservem leitos também por segurança.
“Não é mais qualquer pessoa que deve procurar a vacinação, apenas quem está listado entre os grupos prioritários. Por isso, estamos solicitando aos municípios que realizem seu plano de ação para a distribuição de doses da vacina baseado nos grupos prioritários”, destacou o secretário.
Orientações
Na semana passada, o COE elaborou uma cartilha com orientações importantes para a população e poder público. As principais são: uso de máscaras em locais fechados, mal ventilados e com aglomerações.
Em serviços de saúde, o uso de máscaras é obrigatório, especialmente para pessoas com sintomas gripais, casos suspeitos ou confirmados de Covid-19, e para grupos de maior risco, como idosos e imunossuprimidos.
Gestantes, idosos e imunossuprimidos são aconselhados a continuar utilizando máscaras em qualquer ambiente. Outra orientação de grande importância é que a população mantenha a higiene das mãos, seja com água e sabão ou álcool a 70%, como medida eficaz na prevenção.
Orientações para casos confirmados de covid-19
Isolamento domiciliar imediato. Este pode ser suspenso no 7° dia completo dos sintomas, desde que o indivíduo esteja sem febre e sem o uso de medicamentos antitérmicos por pelo menos 24 horas, além da diminuição dos sintomas respiratórios. Caso persistam sintomas ou febre após o 7° dia, o isolamento deve ser mantido até o 10° dia completo.
Medidas adicionais durante a suspensão do isolamento incluem o uso contínuo de máscara, evitar contato com pessoas vulneráveis, locais com aglomerações e viagens, respeitando o período até o 10° dia completo após o início dos sintomas.