Imagem:
Preocupados em resolver o conteúdo do primeiro programa eleitoral, a ser exibido na próxima terça-feira (19), a alternativa encontrada pela campanha socialista, após a morte de Eduardo Campos, foi prestar uma homenagem ao ex-governador pernambucano e aos quatro assessores da campanha que morreram com ele no acidente aéreo ocorrido na última quarta-feira (13), em Santos, no litoral paulista.
Parte do material que já havia sido gravado para a estreia do horário eleitoral será editada, para aproveitar o diálogo entre ele e a agora provável candidata ao Palácio do Planalto Marina Silva. Nas imagens, Marina apresenta o socialista ao eleitorado e vice-versa. O programa do PSB terá diariamente dois minutos e três segundos . saiba mais Sem agenda oficial, Dilma grava programa eleitoral no Alvorada Especialistas dos EUA vão investigar acidente com jato que matou Campos Saúde é a pior área do governo local nas 8 pesquisas estaduais do Datafolha Marina dá aval para que PSB consulte dirigentes sobre sua candidatura à Presidência Adversários já se preparam para enfrentar Marina Silva Leia mais sobre Eleições 2014
Marina poderá ter que gravar, no final de semana, uma rápida fala sobre os dias de campanha ao lado de Campos e sobre a tragédia que interrompeu a corrida da dupla pela Presidência da República.
O novo formato do programa eleitoral foi definido na sexta-feira (15), após a cúpula do partido se reunir para dar início às negociações para a recomposição da chapa. Na ocasião, Marina também autorizou uma consulta formal a instâncias regionais sobre sua candidatura.
A área de marketing estava apreensiva com a indefinição sobre a chapa, aliada ao prazo apertado para o início do horário eleitoral. Até o fim da tarde da quinta-feira (14), o marqueteiro da campanha, Diego Brandy, aguardava ansiosamente uma resposta do comando partidário. “Estou de mãos atadas”, disse Brandy ao iG, na ocasião. Internamente, algumas alas do partido chegaram a sugerir que ela gravasse o programa como candidata e o deixasse na gaveta, para o caso de a decisão ser formalizada antes da estreia na TV.
Mas, de acordo com interlocutores do partido, a homenagem às vítimas na TV foi a solução encontrada para preencher o horário eleitoral, independentemente de uma definição formal sobre a montagem da nova chapa presidencial. Os dirigentes do PSB têm evitado falar publicamente sobre as perspectivas políticas e alegam que só após o enterro dos corpos os rumos políticos serão discutidos.
Com o primeiro programa já definido, o partido ganhou tempo para fazer o anúncio após o enterro das vítimas e antes do segundo programa, que vai ao ar na quinta-feira (21), que poderá trazer Marina já como candidata a presidente.
A definição política sobre a nova configuração só começou a ganhar corpo na tarde de sexta-feira com as consultas aos diretórios regionais do PSB sobre a aceitação do nome de Marina como cabeça de chapa e sobre o nome do partido que deverá assumir como vice.