Cresceu a probabilidade de o Partido dos Trabalhadores indicar o candidato a vice-governador para compor a chapa do deputado federal Renan Filho, pré-candidato a governador – isso depois que o parlamentar peemedebista recebeu declaração de apoio do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, líder maior do PT.
O Palácio do Planalto (entenda-se Dilma mais Lula) tendia a não se posicionar na sucessão alagoana, já que dois pré-candidatos (Benedito de Lira e Renan Filho), integram partidos da base governista no Congresso Nacional, mas a situação mudou depois que o senador do PP decidiu aliar-se ao PSB do presidenciável Eduardo Campos.
A consequência desse desdobramento repercutiu de imediato: logo após saber da aliança partidária admitida por Benedito de Lira, incluindo o PSB, Lula anunciou que apoiará Renan Filho e antecipou que estará presente ao comício de abertura da campanha em Alagoas.
Nesse novo cenário, ampliou-se consideravelmente a chance de o PT indicar o vice de Renan, posição que, na avaliação geral dos petistas aqui de Alagoas, deverá ser defendida pelo próprio Lula com o apoio expresso da presidente Dilma Rousseff.
Se assim for, como tudo leva a crer, a chance mais visível é de que o deputado estadual Judson Cabral venha a ser indicado pelo PT para disputar a sucessão como candidato a vice-governador.
No lançamento da pré-candidatura de Renan Filho, o presidente estadual do PMDB, senador Renan Calheiros, disse que o partido teria até o prazo das convenções (de 10 a 30 de junho) para escolher o nome à vice-governança, de uma lista subentendida que incluía a deputada federal Rosinha da Adefal (PT do B), o ex-vice-governador José Wanderley Neto e o ex-prefeito de Arapiraca, Luciano Barbosa (PMDB) e Judson Cabral (PT).
A possível indicação de Cabral seria uma contrapartida da Frente de Oposição ao apoio exclusivo do comando nacional petista ao postulante Renan Filho, além, evidentemente, do compromisso do bloco com a campanha para reeleição da presidente Dilma.