Col�mbia d� voto de confian�a a presidente e processo de paz

Publicada em 16 de Junho de 2014 �s 07h35

Juan Manuel Santos chegou em segundo no primeiro turno, mas acabou vencendo com discurso pela paz com as Farc �A reelei��o de Juan Manuel Santos na Col�mbia representa um voto de confian�a no processo de paz que ele iniciou com os guerrilheiros das For�as Armadas Revolucion�rias da Col�mbia (FARC), em novembro de 2012. Imagem: BBCJuan Manuel Santos chegou em segundo no primeiro turno, mas acabou vencendo com discurso pela paz com as Farc Com 99,97% das urnas apuradas, o presidente conquistou 50,94% dos votos contra os 45,01% que recebeu seu principal advers�rio, Oscar Ivan Zuluaga. Zuluaga havia recebido o maior n�mero de votos no primeiro turno, mas Santos acabou vitorioso com uma campanha movida pelo discurso de paz com as Farc e por alian�as partid�rias de �ltima hora. saiba mais Inc�ndio em �nibus deixa dezenas de mortos na Col�mbia Leia mais sobre Col�mbia O aumento do n�mero de eleitores no segundo turno tamb�m ajudou. Cinco em cada dez colombianos aptos a votar (47,98%) compareceram �s zonas eleitorais, enquanto no primeiro turno o �ndice de absten��o ultrapassou 60%. "Colombianos de diferentes vertentes, incluindo muitos que n�o simpatizavam com meu governo, se mobilizaram por uma causa, a causa da paz", disse Santos na noite de domingo, em seu discurso da vit�ria. "Mobilizaram-se sabendo que a hist�ria tem seus momentos e que este � o momento da paz, de terminar esse conflito longo e cruel", acrescentou. Desafio claro Eleito com uma plataforma que teve as negocia��es de paz como seu eixo central, Santos agora ser� obrigado a ser bem-sucedido nos di�logos com as Farc, em Havana, e avan�ar o mais rapidamente poss�vel nas conversas com a ELN, segunda maior guerrilha do pa�s. Mas, ao mesmo tempo, tamb�m ter� de garantir que qualquer acordo seja aceito pela maioria da popula��o. E encontrar um equil�brio entre as aspira��es dos guerrilheiros e as demandas dos cidad�os, que t�m de aprovar qualquer eventual acordo em um referendo, tamb�m ser� um grande desafio para o presidente reeleito. "� preciso lembrar que, de acordo com pesquisas, 73% da popula��o dizem n�o concordar com a participa��o das Farc na pol�tica e 83% acham que os guerrilheiros devem pegar cadeia", disse � BBC Mundo Jorge Restrepo, diretor do Centro de Recursos para An�lise de Conflitos (CERAC). "De modo que o principal desafio de Santos ser� alcan�ar o processo de paz e, sobretudo, lev�-lo com sucesso �s urnas", acrescentou. Segundo Restrepo, em sua campanha, Zuluaga tentou interpretar esse sentimento da maioria dos colombianos. Inicialmente, ele chegou a dizer que acabaria com a negocia��o, mas posteriormente baixou o tom e disse que o processo continuaria se as Farc abandonassem todas as a��es hostis. Para seus cr�ticos, no entanto, este posicionamento na pr�tica levaria ao fim do di�logo. Um parlamento diferente A presen�a no Parlamento de uma significativa bancada de oposi��o de direita, encabe�ada pelo ex-presidente Alvaro Uribe, tamb�m marcar� uma importante diferen�a em rela��o ao primeiro mandado de Santos. E, muito provavelmente, ter� consequ�ncias para al�m do processo de paz. "Mesmo que Santos tenha maioria, n�o ser� t�o grande como a que teve no per�odo anterior", disse � BBC Mundo Marcela Prieto, diretora do Instituto de Ci�ncias Pol�ticas, centro de estudos baseado em Bogot�. Mas, para a analista, a exist�ncia de uma maior oposi��o no Parlamento n�o � necessariamente algo ruim para a democracia do pa�s. "N�o � normal ter 85% da coaliz�o governamental no Congresso. � necess�rio ter um debate legislativo. Meu �nico temor � que o ""uribismo" fique atravessado como uma vaca morta contra tudo que apresente o governo, simplesmente por ser oposi��o", disse a BBC Mundo. A situa��o da economia tamb�m � uma preocupa��o manifestada pelos analistas. Para Restrepo, este ser� outro grande desafio da segunda gest�o de Santos. "J� estamos vendo sinais fortes de que os pre�os dos produtos b�sicos est�o caindo e isso pode afetar a capacidade exportadora da Col�mbia". E Restrepo n�o descarta que neste setor o presidente mova-se um pouco mais � esquerda. Mas n�o significativamente. "Creio que n�o teremos um governo progressista em mat�ria de iniciativa parlamentar, diante do peso que o Centro Democr�tico (oposi��o) ter� no Congresso. Mas no que tange o executivo, sim, porque basicamente quem acompanhou o presidente na reelei��o foram os partidos de centro-esquerda" explicou o analista.

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Fonte: Vooz �|� Publicado por:

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