Publicada em 25 de Março de 2014 �s 11h36
A colheita da safra brasileira de soja 2013/14 alcançou, na última sexta-feira (21), 63% da área total, de acordo com levantamento da consultoria AgRural. Embora a chuva no Sul tenha dificultado o avanço dos trabalhos em parte da região, o número nacional ainda supera os 60% colhidos na mesma data do ano passado e a média de cinco anos, também em 60%.
A AgRural estima a produção brasileira de soja em 86 milhões de toneladas, em uma área de 29,5 milhões de hectares e produtividade de 48,5 sacas por hectare. Uma nova revisão será feita no início de abril, informa.
Em Mato Grosso, maior produtor de soja do País, as chuvas foram menos intensas na semana passada e deram espaço para o avanço semanal de 8 pontos na colheita, que alcançou 92%, em linha com o ano passado. No Norte, os trabalhos estão praticamente finalizados.
No Piauí, onde a colheita está concluída em 10% da área, a produtividade tem variado bastante, dependendo da quantidade de água recebida ao longo do ciclo.
Com 40% da área já colhida, o Maranhão tem relatado até 55 sacas por hectare em suas áreas mais férteis. Áreas mais novas e prejudicadas pela estiagem, porém, não rendem mais do que 40 sacas. Nas áreas mais tardias têm havido perdas por ferrugem. No Tocantins, os produtores aproveitaram o menor volume de chuva para avançar com a colheita, que chegou a 30%. Lotes colhidos na semana passada renderam 50 sacas.
Em Mato Grosso do Sul, 97% da área está colhida. O atraso de 2 pontos porcentuais em relação ao ano passado deve-se à chuva nas últimas semanas, explica a consultoria. Em Naviraí, no Sul, os últimos lotes apresentam boa qualidade, mas a produtividade varia muito, entre 20 e 55 sacas por hectare.
Outro Estado que está na reta final é Goiás, que já colheu 95% de sua área de soja. Em Rio Verde, no Sudoeste, a colheita chegou a 98%. Nos vizinhos Jataí e Mineiros, os trabalhos já estão encerrados.
Conforme a AgRural, no Rio Grande do Sul, a chuva atrapalhou o avanço das máquinas nas regiões de Erechim e Passo Fundo, que receberam água durante quase toda a semana. A colheita chegou a 3% no Estado, em linha com o ano passado. A produtividade varia muito. Além das altas temperaturas e da falta de umidade em janeiro e fevereiro, a lagarta Helicoverpa também trouxe prejuízos à produtividade e ao bolso do produtor. Há relatos de que o custo para controle pode ter alcançado 4 sacas por hectare.
No Paraná, as regiões Sudoeste e Sul tiveram dificuldades para manter o ritmo de colheita por causa das chuvas. No resto do Estado, porém, as máquinas avançaram normalmente, levando a colheita a 74% da área paranaense.
A AgRural esclarece que, na semana passada, por um erro na planilha de cálculo, foi divulgado que a colheita do Paraná estava em 78%. Na verdade, era 63%. Isso também alterou a colheita brasileira - divulgada como 59%, mas que estava em 56%.