COI pede que governos assumam parte dos custos da Olimp�ada

Publicada em 11 de Abril de 2014 �s 20h21

�Os Jogos Ol�mpicos de 2016 poder�o custar mais aos contribuintes diante dos atrasos e do caos na organiza��o. O Comit� Ol�mpico Internacional (COI) vai pedir que o governo federal, Prefeitura do Rio de Janeiro e Estado assumam uma maior parcela dos custos do evento, como forma de acelerar as obras e garantir que o evento n�o se transforme em um fracasso. Fontes dentro da entidade com sede na Su��a confirmaram com exclusividade ao Estado que uma das principais constata��es � de que as contas do evento simplesmente n�o est�o fechando apenas com a renda de marketing e patroc�nios. O buraco, portanto, ter� de ser arcado pelos diferentes governos. Nos �ltimos dias, o COI tem sido duramente pressionado por federa��es esportivas que alertam que a prepara��o do Rio se transformou em uma grande dor de cabe�a. O comit� anunciou uma a��o no evento, com a nomea��o de um interventor, Gilbert Felli, e a cria��o de grupos para monitorar cada aspecto dos Jogos. Outra decis�o foi a de estabelecer um comit� organizador com a presen�a de representantes dos tr�s n�veis de governo no Brasil. Uma primeira reuni�o ocorrer� j� na segunda-feira e parte do debate ir� tratar justamente das contas do evento. Em janeiro, o Comit� Rio 2016 revelou que os jogos custariam R$ 7 bilh�es, um aumento importante em rela��o aos valores apresentados em 2009, quando a estimativa apontava para gastos de R$ 4,2 bilh�es. O Estado apurou que o novo or�amento j� estava pronto h� meses, mas havia sido bloqueado pelo Pal�cio do Planalto, que esperava o "momento adequado" para revelar o fato de que a conta ficar� bem acima do que havia sido projetado. J� em agosto de 2013, o COI soou o alerta em rela��o aos custos, insinuando que uma parcela maior do pre�o do evento teria de ser arcado pelos governos e pedia uma defini��o de quem pagaria pelas obras. Num levantamento feito naquele momento, a entidade pedia ao Rio de Janeiro para adequar seu or�amento com a renda. At� o fim do ano passado, a cidade ainda n�o tinha conseguido completar a meta de patrocinadores para o evento e o COI recomendava at� mesmo que a capital fluminense come�asse a preparar um plano B, caso o or�amento previsto para as obras n�o conseguisse ser financiado. "At� agora, Rio 2016 atingiu aproximadamente 60% (de contratos de patrocinadores), diante de uma meta de patroc�nio ambiciosa", alertou o COI em um documento obtido pelo Estado. "O Rio deve estudar seu plano de atividades para a gera��o total de renda (patroc�nio, licenciamento e ingressos) diante do or�amento geral dos Jogos para entender o impacto do d�ficit na entrega dos Jogos e de suas opera��es", alertou. Numa das avalia��es, o COI deixa claro que existe uma "press�o no fluxo de caixa como resultado do adiamento da assinatura de acordos de patroc�nio." CONTRATOS Segundo o COI, o contrato de financiamento da Vila Ol�mpica estava comprometido. H� tamb�m um atraso no programa de seguros para o evento diante da escolha tardia de uma empresa para realizar o trabalho. Nas instala��es esportivas, haveria um atraso na contrata��o de especialistas para planejar os aspectos de energia "por conta de press�es financeiras". O or�amento dos Jogos Paral�mpicos vivia uma situa��o ainda mais dram�tica. Existia uma "falta de planejamento de marketing" que poderia ter consequ�ncias para a pr�pria "realiza��o do evento". A reportagem do Estado pediu que o COI e o Comit� Rio 2016 se pronunciassem oficialmente sobre o assunto, mas nenhuma das duas entidades respondeu aos pedidos do jornal por esclarecimentos.

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Fonte: Vooz �|� Publicado por:

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