Nas últimas semanas, o país foi surpreendido com notícias de que empresas brasileiras estariam importando lixo hospitalar e comercializando tecidos sujos de sangue como retalhos. Também surpreso com a notícia, o senador Ciro Nogueira (PP-PI) fez alerta para os riscos trazidos pelo descarte incorreto do lixo hospitalar em discurso.
O senador citou informações do portal do ministério da saúde na internet, as quais revelam que os dejetos gerados por unidades de saúde representam grande perigo tanto para a saúde das pessoas quanto para o meio ambiente. Ciro afirmou que, apesar da existência de normas para o descarte, é necessário mais atenção na hora de fiscalizar.
“Existem normas ambientais e de vigilância sanitária sobre o tema nas esferas municipal, estadual e federal. Existem diversos órgãos responsáveis pela fiscalização da correta destinação dos resíduos de serviços de saúde, mas percebemos uma fragilidade preocupante na atuação das autoridades estabelecidas.”
O parlamentar citou ainda dados da Pesquisa Nacional de Saneamento Básico realizada pelo IBGE. De acordo com a pesquisa, apenas 18% dos municípios brasileiros utilizam algum tipo de tecnologia de tratamento para os resíduos de serviços de saúde.
“Isso significa que, em mais de 80% dos municípios, o lixo hospitalar é simplesmente queimado ou depositado em ambientes a céu aberto”, alertou o senador.
Para Ciro, a conduta de comerciantes que se utilizam de materiais que trazem risco à população é inaceitável.
“É impossível aceitar que comerciantes que visam o lucro fácil continuem expondo adultos e crianças a produtos perigosos, possivelmente contaminados, vendidos ao público em geral”, afirmou.
O senador afirmou que é função das pessoas públicas alertarem a população tanto para os riscos, como para as providências que podem ser tomadas.
“Devemos motivar os cidadãos brasileiros a procurarem a vigilância sanitária e órgãos ambientais de suas localidades se suspeitarem de que algum produto encontrado possa provocar danos à saúde ou ao meio ambiente”, disse.