'Cidade est� em choque', diz

'Cidade est� em choque', diz irm�o de primeira-dama assassinada no Piau�.

Publicada em 12 de Fevereiro de 2015 �s 10h57

�O sentimento da maioria dos pouco mais de cinco mil moradores da cidade de Lagoa do S�tio, localizada a 240 km de Teresina, � de choque e consterna��o. Nesta quarta-feira (11), familiares, amigos e conhecidos choraram a perda da primeira-dama da cidade, Gercineide Monteiro, de 34 anos, e disseram ainda n�o acreditar em como se deu a morte e sobre o envolvimento, no crime, do prefeito da cidade, Jos� de Arimat�ia, apontado pela pol�cia como autor do disparo fatal.

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Gercineide foi morta nessa ter�a-feira (10) enquanto dormia em sua casa. No in�cio das investiga��es, a pol�cia acreditava em morte natural porque n�o havia vest�gios de sangue, mas exames realizados pelo Instituto M�dico Legal (IML) em Teresina apontaram que a v�tima fora assassinada com um tiro no ouvido. O principal suspeito de ter efetuado o disparo � o marido da v�tima, Jos� de Arimat�ia, que nega o crime.

Presente ao vel�rio que foi realizado na C�mara dos Vereadores e na Igreja principal de Lagoa do S�tio, Jos� Nilton de Sousa Filho, irm�o de Gercineide, disse que a cidade estava em choque com o crime. “O prefeito era como um irm�o para mim, eu nunca imaginei que isso pudesse acontecer. Eles se davam muito bem, era um �timo pai. Eu sempre viajava com eles. A cidade est� em choque”, afirmou.

O filho mais velho da v�tima, um garoto de 12 anos, acompanhou o vel�rio na C�mara e chorou muito, sendo amparado pelos familiares. O filho mais novo, um menino de 6 anos, est� com a av� materna desde o acontecimento do crime e n�o foi levado ao vel�rio.
Na casa legislativa, os parlamentares fizeram discursos em homenagem � Gercineide, que j� foi vereadora da cidade. “� um sentimento de tristeza e toda a cidade est� abalada com a situa��o. Foi uma enorme surpresa a morte dela dessa forma, pois nunca presenciei uma briga entre ela e o marido. Ele era muito apaixonado por ela”, disse Itamar Reis, presidente da c�mara.

Ap�s o primeiro momento no parlamento municipal, o caix�o com o corpo da primeira-dama foi levado em cortejo para a igreja principal de Lagoa do S�tio. O trajeto foi acompanhado por centenas de pessoas, que lamentavam a morte prematura de Gercineide.

A aposentada Irene Reis, uma das organizadoras do vel�rio na Igreja da cidade, expressou um misto de tristeza e revolta. “Estou em choque porque ela morreu de uma forma inesperada. A sociedade pede uma explica��o pelo o que aconteceu”, afirmou.
O enterro de Gercineide Monteiro aconteceu ainda nesta quarta-feira em um cemit�rio da cidade.

Entenda o caso
Gercineide Monteiro foi morta nessa ter�a-feira (10) enquanto dormia em sua casa com um tiro no ouvido. A pol�cia chegou a acreditar que a morte se deu forma natural, mas exames realizados pelo Instituto M�dico Legal (IML) em Teresina acusaram que a v�tima foi assassinada.

As investiga��es da Pol�cia Civil apontam que o crime foi cometido por Jos� de Arimat�a, conhecido como Z� Sim�o (PT), prefeito de Lagoa do S�tio e marido da v�tima, com a ajuda de No�mia Maria da Silva, 43 anos, empregada do casal com quem o gestor tinha um caso. Os dois foram presos no mesmo dia do crime.

Nesta quarta-feira (11), a pol�cia afirmou que o prefeito matou a mulher por ci�mes, ao suspeitar que era tra�do. As investiga��es mostraram tamb�m que a empregada dom�stica do casal participou do homic�dio ao esconder a arma do crime.

Os suspeitos est�o presos: Jos� de Arimat�a na Delegacia de Pol�cia Interestadual (Polinter) e No�mia na Penitenci�ria Feminina, ambos em Teresina. Os dois negam a autoria do crime e n�o foram indiciados pela Pol�cia Civil, que tem 30 dias para finalizar o inqu�rito. Caso sejam condenados pelo o homic�dio, podem pegar at� 30 anos de pris�o. O advogado do prefeito, Lucas Villa, disse que est� trabalhando na defesa de seu cliente e que n�o vai se pronunciar sobre o caso por enquanto. No�mia Maria ainda n�o constituiu advogado para sua defesa.

Tags: 'Cidade est� em choq - O sentimento da maio

Fonte: globo �|� Publicado por: Da Reda��o

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