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Rival brasileiro nas oitavas de final da Copa-14, o Chile se fechou ainda mais na preparação para o jogo de sábado (28) e quer afastar o rótulo de "freguês" do Brasil.
Ontem (26) o técnico Jorge Sampaoli chegou a interromper por 15 minutos o treino da equipe em Belo Horizonte, irritado com o sobrevoo de um helicóptero da TV Globo. saiba mais Futebol embala nos EUA, bate recordes de audiência e leva milhares às ruas Alemanha vence os EUA e fica em 1º; americanos também avançam C. Ronaldo lamenta queda e gols perdidos: futebol é assim Uruguaios querem que Celeste abandone Mundial Fifa suspende Suárez por 9 jogos após mordida e atacante fica fora da Copa Leia mais sobre Copa 2014
O Chile fazia um treino tático fechado –como tem sido desde a chegada da seleção a BH, há 22 dias– quando a aeronave apareceu. Sampaoli só retomou a atividade após a Globo se comprometer a não usar as imagens.
Segundo a assessoria da seleção chilena, o treinador ainda ameaçou vetar a entrada da imprensa brasileira para as entrevistas diárias com jogadores, mas recuou.
Até jornalistas chilenos reclamam da reclusão da equipe e das informações escassas na Toca 2, centro do Cruzeiro onde o Chile treina. Passam o dia em frente ao local, na rua, sob o sol. "É uma situação indigna", disse o radialista Alvaro Lara, veterano em Copas do Mundo.
No centro de treinamento, dez carabineros (polícia chilena), devidamente fardados, comandam a segurança.
PENSAMENTO POSITIVO
Em meio à tensão para manter os segredos da equipe, o argentino Sampaoli também tenta mudar a mentalidade chilena em relação à seleção brasileira.
O objetivo é tirar do horizonte o histórico de derrotas para o Brasil em jogos decisivos em Copas. Foram eliminações em 1962, na semifinal da Copa no Chile, em 1998 e em 2010, também nas oitavas.
Jogadores ecoam o discurso motivacional de Sampaoli, em busca de ressonância entre a torcida chilena.
Em entrevista nesta quinta (26), o atacante Alexis Sánchez foi direto ao ponto e pediu que os chilenos se espelhem nos argentinos.
"Temos que ter mentalidade vencedora, que vamos ganhar lá na frente. Às vezes o chileno carece disso. É [ser] como o argentino, que entra ganhando", afirmou.
Desde que o confronto com o Brasil se confirmou, jogadores chilenos vêm reiterando o discurso do "é possível". "A história existe para ser mudada", disse Valdivia.
E na pregação de autoajuda cabe até relativizar o papel de ídolos do passado. "Anos atrás falavam só de Salas e Zamorano. Temos grandes jogadores em times importantes e podemos vencer", disse o lateral direito Islo.